Termos Elétricos mais usados na arte da Iluminação!

A

Abajur – Em francês abat-jour. Peça decorativa de iluminação difusa que se compõe de uma base, uma haste e um anteparo fixado no topo.
Seu anteparo utiliza materiais diversos, como: papel cartão; tecido; vidro fosco; porcelana, entre outros.
Estes revestimentos podem usar cores para realçar tons de luz quentes ou frias no ambiente.

Ver Iluminação Difusa; Cromaticidade e Objetivos da Iluminação Artificial. Abertura de Facho
Trata-se do ângulo sólido luminoso formado em um plano tridimensional através do eixo do centro ótico de um refletor, cuja iluminância é projetada em um plano de trabalho.
Ver Ângulo Sólido; Ângulo de Radiação e Lâmpadas Refletoras.

Absorção de Energia – Transformação de energia radiante luminosa numa forma de energia térmica por interação com alguma matéria. Este conceito serve para se adequar melhor materiais e cores nas instalações.
Quanto aos materiais, existe uma diversidade deles com características de absorção diferentes. Mas com relação a cor existe uma relação direta que estabelece que quanto mais escura mais absorve luz e reflete menos ao ambiente e vice-versa.

Acomodação Visual – Característica do olho humano de se acomodar para obtenção de uma melhor acuidade visual em diferentes distâncias dos objetos focados.
Ver Acuidade Visual; Curva de Eficácia Luminosa Espectral e Nível de iluminância.

Acuidade Visual – Em termos simples é a clareza de visão dos detalhes. Acuidade qualitativa: é a capacidade de ver objetos perto um do outro de maneira distinta.
Acuidade quantitativa: reciprocidade do valor angular de separação entre dois objetos vizinhos que os olhos podem ver separados.

Acumulador de Energia – Mais comumente conhecido como bateria ou pilha, podendo ser recarregadas ou não.
Utilizadas em iluminação de emergência e em No Breaks, que tem como função suprir a energia de um circuito ou restabelecer um nível mínimo aceitável de luz na ausência da fonte de energia principal da rede elétrica.

Acúmulo de Calor – Uma instalação de iluminação gera uma quantidade de calor emitida pela radiação infravermelha e a concentração de calor oriunda de equipamentos diversos. Este acúmulo está relacionado à energia gerada em Watts/hora, e quanto maior o consumo dos aparelhos elétricos e de iluminação, maior será o calor, aumentando custos com o ar condicionado e a própria conta de energia.
O acúmulo de calor é fator de risco quanto a materiais inflamáveis nas proximidades dos equipamentos elétricos diversos.
Ocorrendo uma combustão destes materiais haverá a possibilidade de incêndio.
Ver Temperatura Ambiente; Joule; Isolação Térmica; Iluminação Zenital; Consumo de Energia; Densidade de Potência e Eficiência Energética.

Aleta – Em francês a expressão usada é Louvre. Pequena ala, aba ou grelha. Disposta geometricamente em série de modo a impedir a visão direta das lâmpadas, segundo uma faixa de ângulos.
Serve como recurso anti-ofuscante, e elemento de contribuição da distribuição do fluxo luminoso junto com o refletor em luminárias mais modernas.

Ampere – Unidade de medida de intensidade da corrente elétrica que é mantida nos condutores para “fluir” a tensão da rede. Importante observar esta grandeza como um limitador de potência para evitar acidentes.
Ex: Circuito de 60A em 127V, multiplicando teremos um limite de 7620 W. Este valor é a carga máxima de potência que este circuito comporta.

Amperímetro – Aparelho destinado a medir o valor de uma corrente elétrica.

Ângulo de Radiação – É um ângulo sólido produzido por um refletor que direciona a luz. Encontramos esta particularidade em lâmpadas refletoras e em luminárias e projetores que se utilizam de material reflexivo para projetar a luz.
Quanto mais clara a cor ou maior o brilho do corpo interno o equipamento será mais eficiente.

Ângulo Sólido – Como o estudo da iluminação está voltado para a visão de formas espaciais, torna-se necessário trabalhar com ângulos tridimensionais, conhecidos na geometria como ângulos sólidos.

Aparência da Luz – A cor aparente da luz emitida, determina a tonalidade observada quando se olha diretamente para a fonte de luz.
O olho humano percebe os tons de cores de luz avermelhadas (cores quentes), e azuladas (cores frias), ou intermediárias.
A indicação científica é a Temperatura de Cor e Temperatura de Cor Correlata (TCC) ou cromaticidade, medida em graus kelvins (K).
À medida que os valores em Kelvins aumentam, a cor da luz perde em tons vermelhos e ganha em tons azuis, e vice-versa.
Lâmpadas acima de 4.000 K são consideradas de luz fria, entre 3.000 K e 4000 K, têm tonalidade de cor moderada, e de 3.000 K para baixo são descritas como luz quente.

Arandela – Luminária fixada em paredes, possuindo uma variedade de modelos para usos internos abrigados e externos ao tempo. Sua construção deve evitar o ofuscamento e privilegiar a luz difusa.
Sua altura de instalação também deve ser observada em no mínimo 1,80 m, aproximadamente, para que as pessoas que transitam pelo ambiente não visualizem a fonte de luz da peça.

Aterramento – É o ato de se conectar intencionalmente um circuito elétrico de baixa impedância com a terra, em caráter permanente ou temporário. Este ato possui função protetora contra choques elétricos.

AWG – Sigla de American Wire Gauge, denominação norte-americana utilizada para bitola (espessura) de fios e cabos elétricos. Utiliza-se no Brasil no momento o padrão.

B

Banco de Capacitores – Conjunto de capacitores de potência, estruturas de suporte e os necessários dispositivos de manobra, controle e proteção, montados a constituírem um conjunto completo para corrigir o fator de potência de uma instalação.
Atenção! Este conjunto só deve ser dimensionado por um profissional qualificado.

Base de uma Lâmpada – Parte da lâmpada onde é realizada a conexão com o sistema elétrico, constituída de material condutor.
Entre as lâmpadas mais usuais, são os bocais de rosca E-27 ou E-40, as extremidades cerâmicas (R7S) de lâmpadas halógenas palito e vapor metálico de 70 e 150W, e os pinos de lâmpadas fluorescentes.

Bateria Selada – É um acumulador de energia chumbo-ácido especialmente projetado para assegurar uma alta densidade de energia. É um dispositivo para operar sem manutenção de longa vida útil.
Possui as seguintes características: Armazenamento de energia por longos períodos; não requer adição de água; não exala gases corrosivos, possibilitando o convívio com equipamentos eletrônicos; produto à prova de vazamento e derrame, podendo ser instalado em qualquer posição.

Benjamin – Extensão elétrica múltipla para ampliar o número de tomadas disponíveis num ponto.

Blindagem – Dispositivo utilizado para minimizar a penetração de um agente externo indesejado em uma ação de proteção num equipamento qualquer.
Exemplo: Reforço no invólucro de uma luminária para evitar a penetração de pó, água, vapor, gases e fuligem, ou evitar que a fagulha do acendimento de uma lâmpada tenha contato com o ambiente externo de atmosfera explosiva.
A escala de proteção depende sempre do grau IP associado ao produto, quanto maior o grau maior a proteção.

Braço de Iluminação Pública – Ferragem tubular curva ou reta, de preferência galvanizada a fogo, que se fixa em poste ou muro, que por sua vez, recebe uma luminária com encaixe apropriado para montagem de um sistema de iluminação pública.

Bulbo de uma Lâmpada – Invólucro selado na base, transparente ou leitoso, que envolve o filamento ou o tubo de descarga de uma lâmpada.
Possui função protetora de um modo geral, e nas lâmpadas de descarga leitosas, o revestimento interno de fósforo proporciona luminosidade e/ou correção de cor.

C

Campo Elétrico – É uma grandeza gerada por cargas elétricas, em movimento ou não, em uma região ou objeto, que interagem entre si, resultando numa energização dinâmica ou estática respectivamente.
As cargas em movimento é que formam um fluxo de fornecimento de energia conduzida num dado circuito elétrico.

Campo Eletromagnético – Campo físico determinado pelo conjunto de quatro grandezas (Campo Elétrico, Indução elétrica, campo magnético e indução magnética), que caracterizam os estados elétrico e magnético de um meio material.
Fenômemo gerado pelas grandezas mencionados quando é combinado força da carga elétrica com velocidade num condutor.

Campo Magnético – Fenômeno decorrente da indução magnética em condutores, gerando uma rotação das cargas elétricas formando um campo em torno do condutor.

Campo Visual – Extensão angular do espaço no qual um objeto pode ser percebido, quando os olhos observam frontalmente. O campo pode ser monocular ou binocular.
Compreende no sentido do foco central da visão às adjacências do campo visual os seguintes divisores: Campo Visual Central; Tarefa Visual; Em torno e Campo Visual Periférico.

Candela – Unidade de medida da intensidade luminosa, equivalente à 1/60 da intensidade luminosa de 1 cm² da superfície de um corpo negro na temperatura de solidificação da platina.
Oriunda sempre de uma fonte de luz refletora formando um ângulo sólido com vértice na fonte, diferenciando-se do fluxo luminoso pela característica de luz direcional. Unidade (cd).

Capacitância – Grandeza escalar que caracteriza a propriedade que tem um sistema de condutores e de dielétricos a estes associados, de armazenar energia quando é submetido a um campo elétrico.

Capacitor – Dispositivo elétrico utilizado para introduzir capacitância num circuito. Este dispositivo permite corrigir o fator de potência. Como consequência teremos uma maior eficiência energética, devido ao melhor aproveitamento de carga da rede elétrica.
Na iluminação os capacitores usados são os de partida. Os capacitores cerâmicos também filtram a distorção de harmônicas. Este dispositivo permanece energizado depois de acionado, mesmo que o circuito seja desligado posteriormente.
Como nem todos os fabricantes embutem os fios, aconselha-se que nas trocas e manutenções seja descarregada a carga remanescente, com um simples “triscar” das pontas dos cabos de saída.

Carga Instalada – Soma das potências nominais dos equipamentos elétricos instalados na unidade consumidora, em condições de entrar em funcionamento, expressa em quilowatts (kW).

Cátodo – Eletrodo negativo que funciona normalmente como emissor de elétrons.
Exemplo: Em cada extremidade de uma lâmpada fluorescente qualquer, existe um cátodo que é responsável pelo bombardeamento com elétrons das partículas de mercúrio internas do tubo, que por sua vez, se chocam com a parede da lâmpada revestida com fósforo causando o efeito “fluorescente”.

Choque Elétrico – Efeito patofisiológico que resulta da passagem de uma corrente elétrica através de um corpo humano ou animal. Ocasionado normalmente por contatos mal isolados; por condutores nús; por superfícies condutoras energizadas; aterramentos mal feitos, ou ainda por simples efeito da energia estática de um corpo com um meio físico, independente de circuitos elétricos. Ciclo Halógeno

Ciclo Halógeno – Os filamentos das lâmpadas incandescentes em geral são feitos de tungstênio que é gasto pelo uso ao longo da vida do produto. Com a introdução de gases inertes e halógenos no interior do bulbo, ocorre uma combinação destes com as moléculas de tungstênio que se desprendem com o tempo.
Esta combinação é eletricamente instável, fazendo com que as moléculas combinadas se desprendam novamente, depositando o tungstênio de volta no filamento. As consequências benéficas são a regeneração do filamento e a limpeza do bulbo dos fragmentos de tungstênio. Isto amplia a vida útil das lâmpadas halógenas em relação as incandescentes comuns.

Cinta – Ferragem de linha aérea que se fixa em torno de um poste para prover apoio de sustentação para outra ferragem, como um braço de luminária por exemplo.

Cintilação – Em inglês flicker. É o fenômeno da flutuação do fluxo luminoso de uma lâmpada fluorescente provocado por instabilidade da rede elétrica.
Este efeito também ocorre em sistemas que utilizam reatores de baixa qualidade, que não tem controle apurado da corrente e da tensão, provocando esta falha nas lâmpadas fluorescentes ligados no circuito. Não confundir com efeito estroboscópico.

Circuito Elétrico – Segmento de condutores elétricos que compõem uma seção de uma rede elétrica maior. Conjunto de equipamentos elétricos alimentados por uma mesma fonte e protegidos pelos mesmos disjuntores ou fusíveis.

Coluna (Tocheiro) – Luminária composta por um tubo com base de sustentação para acomodação no piso e corpo refletor ou difusor no topo.
Quando utilizado com lâmpadas incandescentes e halógenas, pode vir com dímer. A coluna é introduzida num ambiente como fonte de luz indireta e peça decorativa, normalmente disposta nos cantos devido a seu tamanho e também para não conflitar com a fonte de luz central do teto. É necessário que o ambiente tenha um pé direito relativamente baixo, pois do contrário o efeito da Luminância no teto se perde.

Comando em Grupo – Dispositivo utilizado para comutar vários pontos de luz, ampliando a capacidade de potência do comando automático.

Comando Individual – Dispositivo utilizado para comutar o circuito de um único ponto de luz.

Comprimento de Onda – Uma fonte de radiação eletromagnéticas emite ondas. Estas ondas possuem diferentes comprimentos, e o olho humano é sensível a uma pequena faixa destes comprimentos, onde teremos a luz visível a nossa percepção, de 380 a 780 nm, aproximadamente.
Unidade de medida nanômetro. Símbolo (nm).

Comutador – Mecanismo que proporciona o efeito de intercambiar circuitos. Este dispositivo de manobra mecânico, elétrico ou eletrônico, realiza a função principal de transferir a ligação existente de um condutor ou circuito para outros.

Condições de Operação – Condições informadas pelo fabricante, dentro das quais o equipamento pode funcionar.

Condições Nominais de Operação – Condições que caracterizam a operação de um sistema ou equipamento elétrico, dentro da faixa de variação permitida para os seus valores nominais.

Condutor Elétrico – Produto normalmente metálico utilizado para transportar a energia elétrica e distribuí-la numa rede ampla.
Neste conceito enquadramos os fios, cabos e cordoalhas. Mas, também são condutores quaisquer objetos que possuam esta propriedade e que por descuido na instalação, façam contato com um circuito elétrico, energizando-se, podendo provocar choques elétricos, corrente de fuga ou até incêndios.

Conectores – Dispositivos de aplicação rápida, utilizados para realizar emendas ou ligações elétricas através de meio mecânico (parafusos, compressão, travas etc).

Conforto Visual – Grau de satisfação visual produzido pelo ambiente iluminado. Propõe reduzir ofuscamentos visuais, equilibrar a iluminância e ampliar a reprodução de cores, permitindo que o olho tenha uma perfeita dimensão dos espaços do ambiente, volume das formas, texturas dos materiais e fidelidade de cores.

Contator – Dispositivo conhecido também como relé eletromecânico.
Possui uma bobina para acionar um par, ou mais, de contatos, todos com acesso externo ao dispositivo. Comutador.

Contraste – Avaliação subjetiva da diferença em aparência de duas ou mais partes de um campo de visão, vistas simultaneamente ou sucessivamente.

Cor (Espectro Visível) – Dentro de uma faixa de radiação compreendida entre 380 e 780 (nanômetros), existe a incidência de luz visível ao olho humano.
Este espectro vai do infravermelho ao ultravioleta, passando pelas faixas de comprimento de onda vermelha 628-780 nm; alaranjada 590-627 nm; amarela 566-589 nm; verde 496-565 nm; azul 436-495 nm e violeta 380-435 nm.
Cada objeto destaca em si uma ou mais cores que sobressaem, enquanto o mesmo sofrer a ação de um facho de luz visível.

Cor Objeto – É a cor refletida ou transmitida por um objeto quando iluminado por uma fonte de luz padrão.

Cor Percebida – É o resultado da interação de muitos fatores complexos, como as características do objeto observado ou fonte luminosa; a luz incidente no objeto; o meio ambiente; o eixo da visão e a adaptação do observador.

Cor Psicofísica – É a capacidade de um observador em distinguir conjuntos de luz de mesmo tamanho; forma e estrutura, o que reduz a análise para a descrição da luz em termos de quantidade de potência da radiação.

Corpo Negro (Radiador de Plank) – É o corpo que absorve todas as radiações incidentes sobre si, independente da direção e da polarização das ondas eletromagnéticas.
Este corpo tem para qualquer comprimento de onda a máxima concentração a uma determinada temperatura. Constitui-se num corpo metálico negro que apresenta um valor de 100% de absorção de energia e, portanto, quando aquecido apresenta uma variação da sua cor devido ao implemento de calor. À medida que as temperaturas térmicas, medidas na escala Kelvin, crescem, seu espectro segue do infravermelho, passando pelo espectro visível, até atingir o ultravioleta e o ponto de fusão.
Esta escala de cor, medida à partir desta correlação do efeito luminoso da incandescência do corpo negro, delimitou a referência de temperaturas de cor.

Corrente Alternada – Corrente periódica, cujo valor médio é igual a zero. Esta corrente oscila polaridades positiva e negativa num mesmo condutor.
A frequência deste fenômeno de alternância periódica é medida em Hertz (Hz). Padrão brasileiro 60 Hz. Corrente habitualmente encontrada em toda rede elétrica distribuída pela malha de uma Distribuidora de Energia: Residências, Condomínios, Comércio, Clubes, Estádios, Indústria e demais edificações.

Corrente Contínua – Corrente cujo valor é independente do tempo. Não provoca oscilações de polaridades. Por definição é uma corrente em que o componente essencial é a continuidade.
Encontrada em circuitos com baterias, pilhas e acumuladores de energia em geral.
Ex: Veículos, Barcos, Aviões, Aparelhos à pilha e similares.

Corrente de Curto-Circuito – É uma corrente muito elevada e várias vezes superior a corrente limite nominal dos condutores, que é gerada por um curto circuito.
Esta corrente pode ser originária da rede elétrica ou de algum equipamento elétrico com as fases cruzadas.
Como consequência deste fenômeno é gerado um sobreaquecimento intenso no circuito, proporcionando o risco de incêndios e queima prematura de aparelhos elétricos.

Corrente de Fuga – Corrente de condução que, devido a isolamento imperfeito, percorre um caminho diferente do previsto, e flui para elementos condutores estranhos a instalação.
Note que os isolamentos, mesmo os mais perfeitos, proporcionam alguma corrente de fuga, mas a qualidade do serviço de isolamento manterá esta corrente em níveis aceitáveis.
As distorções de corrente de fuga, devido a trabalhos mal feitos, causam perdas de energia, gerando consumo desnecessário que refletirá na conta de energia.

Consumo de Energia – Quantidade de energia elétrica utilizada por um consumidor, que é oferecida e medida pela distribuidora do sistema elétrico num determinado período.
A grandeza que a define é o kWh (Quilowatt-hora), e sua unidade base é o Watt.

Contato – Interface de duas superfícies condutoras que se tocam fechando um circuito elétrico. Contatos NF (Normalmente Fechados) e NA (Normalmente Abertos), que designam a posição padrão de funcionamento.

Corrente de Partida – Valor de “pico” da corrente que resulta da aplicação da tensão em condições especificadas, ocorrendo em alguns instantes à partir do acendimento de uma lâmpada.

Corrente Elétrica – Fluxo de carga elétrica de um condutor. Unidade Ampére.

Cromaticidade – Qualidade percebida da cor, que um estímulo de radiação espectral visível define por suas coordenadas cromáticas e pelo dominante comprimento de onda.
Para que o olho humano tenha uma interpretação mais adequada da realidade cromática a sua volta, é necessário que o nível de iluminância esteja apropriado, assim como haja um bom desempenho da fonte de luz em reproduzir bem as cores. Também relacionada diretamente à temperatura de cor aparente de uma fonte de luz.

Curto Circuito – “É o que meu filho faz quando resolve consertar a fiação elétrica – desculpe – brincadeirinha” .
Ligação intencional ou acidental entre dois ou mais pontos de um circuito com impedância desprezível.
Este termo também se aplica onde dois ou mais pontos que se encontram sob diferença de potencial. A consequência direta é uma sobrecorrente intantânea elevada e perigosa para o circuito.
Utilizar sempre disjuntores para proteção dos circuitos elétricos que desligam a rede na eventualidade deste fenômeno.

Curva da Eficácia Luminosa Espectral – O olho humano não consegue perceber a luz e as cores de forma uniforme.
Existe um período de adaptação longo para a passagem de um ambiente claro para um ambiente escuro, o contrário se processa de forma mais rápida.
Em ambientes mais claros percebemos melhor as cores do espectro de 554 nm (verde/amarelo), enquanto que em ambientes mais escuros percebemos melhor o espectro de 507 nm (azul/verde). Este fenomeno é denominado “Efeito Purkinje”.
Este conceito é valioso para a luminotécnica, visto que a mudança de zonas claras para zonas escuras e vice-versa, provocam o deslocamento da visão das cores e uma indesejável fadiga visual.

Curva de Distribuição Luminosa ou Fotométrica – Curva apresentada geralmente em coordenadas polares, que representa a intensidade luminosa em um plano de trabalho que passa através da fonte (lâmpada e luminária), em função de um ângulo medido à partir desta fonte de luz em direção do plano de trabalho. Esta curva pode distinguir a eficiência de uma luminária. Símbolo CDL, unidade de medida candelas (cd).

Curva de Isoiluminância Lugar geométrico dos pontos de uma superfície nos quais a iluminância tem o mesmo valor. O termo “curva isolux” utilizado no passado é obsoleto.

Curva de Isointensidade É a curva traçada sobre uma esfera imaginária com centro coincidente com o centro luminoso da fonte, ligando todos os pontos correspondentes às direções que possuem a mesma intensidade luminosa, ou uma projeção dessa curva sobre um plano. O termo “curva isocandela”, utilizado no passado está obsoleto.

D

Daltonismo – Incapacidade para diferenciar cores; acromatopsia. A percepção visual de certas cores, em especial o vermelho, fica comprometida.
A distinção dos contrastes de cores na superfície de um objeto ou mesmo de um ambiente não é definida, principalmente quando se misturam verde e vermelho.

Demanda – Média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitada ao sistema elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo especificado.
Esta medida é utilizada exclusivamente nas unidades consumidoras do Grupo “A” que recebem tensão de alimentação à partir de 2,3 kV, ou quando atendidas em tensão inferior a 2,3 kV à partir de um sistema subterrâneo de distribuição de energia elétrica.

Densidade de Potência – É a razão total da potência instalada em watts num ambiente para cada metro quadrado de área deste mesmo ambiente (W/m²).
Esta medida é muito útil para futuros cálculos de dimensionamento de aparelhos de ar condicionado. Quanto menor o valor encontrado, menor o acúmulo de calor e menor o consumo de energia do ar condicionado.

Depreciação – Em iluminação, são perdas e/ou gastos durante a vida útil de um produto.

Desbotamento – A Radiação de luz e calor natural ou artificial, provoca certo grau de deterioração de cores e materiais onde a radiação é incidente.
Este desbotamento dependerá da sensibilidade do material; da sua capacidade de absorver a energia; do nível de iluminação; do tempo de exposição à radiação e da composição do espectro da radiação.

Descarga Elétrica – Processo causado por um campo elétrico, que muda abruptamente todo ou em parte de um meio isolante para meio condutor.

Diagrama de Isointensidade Gráfico formado por uma rede de curvas de isointensidade. O termo “diagrama isocandela”, utilizado no passado está obsoleto.

Diagrama Isolux São curvas obtidas à partir de características da fonte luminosa, do fluxo luminoso ou da intensidade luminosa descrevendo a forma e a magnitude da emissão luminosa.

Dicroísmo – Propriedade das substâncias anisotrópicas que possuem diferentes coeficientes de absorção para a luz polarizada em planos diversos. Este fenômeno é o definidor do nome da lâmpada dicróica.

Difusor – Dispositivo destinado a modificar a distribuição espacial do fluxo luminoso emitido por uma fonte de luz, essencialmente por meio do fenômeno de difusão.
Este fato ocorre quando existe algum anteparo, direto ou indireto, entre a fonte de luz e a área iluminada. Com isto as sombras se tornam menos marcadas e o ofuscamento visual se reduz.

Dímer – Em inglês Dimmer. Dispositivo que possibilita variar o fluxo luminoso das lâmpadas numa instalação, a fim de ajustar a iluminância. Observar que é um recurso utilizado normalmente apenas em lâmpadas incandescentes em geral.
Para uso em lâmpadas de descarga, necessita de reatores eletrônicos de tecnologia específica, associada a um potenciômetro também próprio para este fim.
Obs: Os dimer que trabalham apenas com resistores de potência, não economizam energia, pois apenas contrabalançam a potência entre a lâmpada e o resistor.

Disjuntor – Dispositivo de manobra e de proteção, capaz de estabelecer, conduzir e interromper correntes elétricas em condições normais do circuito, assim como estabelecer, conduzir por tempo especificado e interromper correntes em condições anormais, tais como as de curto-circuito gerando sobrecorrentes. Ou ainda, em circuitos onde haja acúmulo de carga acima do limite do dispositivo, gerando sobrecarga.

Distorção de Harmônicas – Variação indesejada de um ou mais componentes de ordem no desenvolvimento em série de Fourier de uma grandeza periódica.
Estas falhas provocam surtos de corrente e de tensão no circuito que retornam a rede elétrica, causando interferências e oscilações; sobrecorrentes e sobretensão prejudiciais aos equipamentos elétricos em geral. Ainda ocorre como consequência, um aumento do consumo de kWh, afetando os custos com a energia elétrica.
Verifique este dado quando adquirir reatores para lâmpadas fluorescentes.

Downlight (Embutido) – Expressão do inglês que designa um termo genérico para uma luminária própria para adaptação em forros de tetos diversos.
Compõe geralmente corpo refletor interno, dissipadores de calor; aro de acabamento externo; elementos de fixação no forro; soquete(s) para a(s) lâmpada(s).
Em alguns modelos encontramos vidro difusor; aletas anti-ofuscantes; refletores de alto brilho; núcleo com lâmpada móvel para direcionar o foco de luz e ornamentos decorativos estilizando a peça.

E

Efeito Doppler – É o efeito que se revela como um deslocamento no espectro de um objeto devido a uma variação no comprimento de onda da luz emitida por ele. Este efeito ocorre quando o objeto que emite a radiação luminosa está ou se movendo na direção de um observador ou se afastando deste mesmo observador.

Efeito Estroboscópico – É devido ao fato de que se houver uma fonte luminosa piscante e um objeto em rotação, um ponto referencial focado deste objeto parecerá estar parado, se o movimento angular do objeto em movimento for igual ou múltiplo da radiação da fonte luminosa.
Classifica-se como persistência visual a propriedade do olho causadora deste fenômeno. Este efeito é causado propositalmente em boates, para causar impacto visual e estético, ou ainda de forma indesejada quando se utilizam reatores eletromagnéticos de baixa qualidade em lâmpadas fluorescentes.
Com o surgimento da moderna tecnologia de reatores eletrônicos este inconveniente foi superado. Não confundir com cintilação.

Efeito Luz e Sombra – O desequilíbrio das fontes de luz; obstáculos visuais; reflexão de materiais do ambiente e níveis de iluminância, causam efeitos indesejados de luz e sombra comprometendo a percepção visual mais adequada do olho humano.

Eficiência Energética ou Eficiência Luminosa – Genericamente é uma relação entre duas grandezas, que quando comparadas fornecem valores de desempenho distintos.
Em iluminação é a relação entre o fluxo luminoso e a potência consumida (lm/W), quanto maior o valor encontrado nesta divisão mais eficiente é a fonte estudada, pois consome menos watts e produz mais lúmens. Instalações sem a preocupação da eficiência energética, geram maior calor no ambiente, e maior custo com ar-condicionado e com a conta de energia elétrica.

Eletricidade – Manifestação de uma forma de energia associada a cargas elétricas, estáticas ou dinâmicas.
Seus principais agentes são os elétrons dos átomos e os materiais condutores. Por este motivo os melhores condutores são aqueles com instabilidade de elétrons.

Eletrodo – Parte condutora de um dispositivo elétrico destinada a constituir uma interface condutora com um meio de condutividade diferente.
Ex: Algumas lâmpadas de descarga possuem este dispositivo internamente, dispensando o uso de ignitores de partida associados ao reator.

Energia – Grandeza escalar que caracteriza a aptidão de um sistema físico para realizar trabalho.

Espectro eletromagnético – É a escala de comprimentos de onda existentes.
É composto por: Ondas Largas; Ondas Médias; Ondas Curtas; Ondas ultracurtas; Televisão; Radar; Infravermelho; Luz Visível; Ultravioleta; Raios X; Raios Gama e Raios Cósmicos.

Espeto de Jardim – Conjunto que agrega um corpo com vedação de borracha para acomodação de uma lâmpada, e um espeto de fixação na terra com pequena extensão de cabo para instalação elétrica.
Esta peça foi criada para aproveitar o potencial de iluminação de destaque das lâmpadas do tipo PAR20 e PAR38 refletoras, que possuem vidros prensados de boa resistência a choques mecânicos e térmicos.

Estabilizador de Tensão – Regulador de tensão que mantém constante a tensão aplicada a um circuito elétrico receptor, a despeito das variações de tensão, dentro de limites especificados, que ocorram no circuito alimentador.

Exitância Luminosa – É a densidade de fluxo luminoso emitida por uma fonte luminosa direta ou com superfície de anteparo. Consiste no limite da relação entre o fluxo luminoso que é emitido por uma fonte luminosa para a área deste elemento.
Unidade lúmen por metro quadrado (lm/m²). Símbolo M.

F

Fase Elétrica – Termo genérico que se refere tanto a uma tensão de fase como a um condutor fase. Situação relativa de duas ou mais grandezas senoidais de mesma frequência quando a defasagem entre elas é igual a zero.
Em corrente alternada é equivocado dizer polo positivo ou negativo, pois existe uma frequência de variação de polaridade de 60 Hz, ou 60 variações por segundo.
Somente é válido mencionar a polaridade da fase elétrica em circuitos de corrente contínua. Razão entre a demanda média e a demanda máxima da unidade consumidora, ocorridas no mesmo intervalo de tempo especificado.

Fator de Demanda – Razão entre a demanda máxima num intervalo de tempo especificado e a carga instalada na unidade consumidora.

Fator de Fluxo de Reatores – Os reatores de lâmpadas de descarga, possuem um percentual de aproveitamento do fluxo luminoso destas. Este valor deve ser levado em consideração quando construir uma equação de cálculo luminotécnico para evitar distorções no resultado.

Fator de Perdas Luminosas – Engloba as depreciações quanto ao fluxo luminoso, ao acúmulo de sujeira, tanto nas luminárias e lâmpadas, como nas superfícies do ambiente, ao longo de sua utilização.
Este fator permite compensar na equação de cálculo luminotécnico as referidas perdas decorrentes de falhas na manutenção do sistema.

Fator de Potência – Razão da potência ativa pela potência aparente. Medida de desempenho no aproveitamento otimizado da energia elétrica oferecida pela distribuidora de energia. O fator de potência no Brasil é definido como alto à partir de 0,92 (ABNT).

Fator de Uniformidade – É a relação entre o menor e o maior valor de iluminância em uma área considerada, e é expressa pela fórmula U = E min. / E média, onde E = iluminância. Quanto mais próximo o fator de uniformidade estiver de “1”, mais homogêneo será a iluminância do local.

Fator de Utilização – Utilizado em cálculos luminotécnicos para obter um valor referente ao desempenho da luminária, que representa o percentual do fluxo luminoso emitido pelas lâmpadas, já depreciado o fator de fluxo do reator, que consegue atingir o plano de trabalho.
Tal fator, depende do rendimento da luminária e como a luz se distribui a partir de seu corpo ótico, do coeficiente de reflexão das superfícies do ambiente (teto, piso e paredes), assim como o índice do recinto (proporções geométricas).

Fita Isolante – Fita adesiva com revestimento apropriado para utilizar em isolamento elétrico de emendas ou ligações de fios e cabos.

Fluorescência – Fotoluminescência na qual a radiação óptica emitida, desaparece tão logo cessa a absorção da radiação excitadora.
Nas lâmpadas que realizam este processo, é criado um arco elétrico entre os eletrodos imersos em gás apropriado. Este gás provoca a emissão de raios ultravioleta pela excitação do mercúrio, chocando-se com o fósforo que reveste a parede interna da lâmpada causando o efeito em questão. Não confundir com fosforescência !

Fluxo Luminoso – É a grandeza obtida pela radiação total de uma fonte luminosa, entre os limites de comprimento de onda visíveis ao olho humano. Não há direcionamento específico de luz neste caso.
O fluxo luminoso das lâmpadas em geral é depreciado ao longo do tempo, causando perdas de iluminância nas áreas de trabalho. Sua unidade é o lúmen (lm).

Footcandle Unidade para medir a quantidade de luz que atinge uma superfície, tal como uma parede ou mesa.
Um lúmen caindo sobre uma superfície de um pé quadrado produz a iluminância de 1 footcandle.
Um footcandle é igual a 10,76 lux.

Formação de sombras e penumbras – A formação de sombras e penumbras pode ser explicada pelo fato de a luz se propagar em linha reta.
Colocando-se um corpo opaco entre uma fonte luminosa (que pode ser uma lâmpada) e uma tela, observa-se que se formam na tela três zonas bem diferenciadas: uma zona iluminada aonde chega todos os raios de luz; uma zona aonde só chegam alguns raios; e a zona de sombra aonde não chega nenhum raio.

Fosforescência – Fotoluminescência retardada pela acumulação de energia em um nível de energia intermediário.
Ex: Um interruptor de luz visível no escuro, possui esta propriedade. Não confundir com fluorescência!

Fotoluminescência – Luminescência causada pela absorção de radiação ótica.

Fotometria – Ramo da ciência óptica que estuda os métodos e processos de medição de fluxos luminosos e das características associadas a tais fluxos. Seus conceitos são essenciais para projetos luminotécnicos e de conservação de energia.

Fotossensibilidade Sensibilidade aguçada às radiações luminosas e suas variações.

Frontlight Expressão do inglês que designa iluminação obtida por meio de projetores que direcionam o foco para uma placa publicitária, criando um contraste com as adjacências destacando a placa por meio de luminância refletida do objeto. Importante observar as características da cor de fundo e das cores de destaque da placa para não ter efeitos indesejados.

Fusível – Dispositivo de proteção de circuitos elétricos, constituído por um material que funde, interropendo o circuito quando a correte que o percorre ultrapassa um valor pré-determinado.

 

J / K / L

Jampe Em inglês jumper. Pequeno trecho de condutor, não submetido à tração, que mantém a continuidade elétrica de duas pontas descontinuas de outros condutores.
Atentar para a qualidade do isolamento desta conexão, pois nestes pontos as ocorrências de corrente de fuga são mais críticas.

Kelvin – Unidade de medida em graus utilizada para definir as escalas de temperaturas de cor das fontes luminosas. Símbolo K. Não confundir com temperatura resultante de efeito térmico que é medida em graus Celsius ou Centígrados, pelo padrão brasileiro, símbolo (ºC).

Lâmpada Elétrica – Fonte de luz primária artificial construída para emitir radiação óptica visível. Inventor: Thomas Edson em 1879. Desde sua criação a lâmpada evoluiu significativamente, apresentando na atualidade uma diversidade de opções diferentes. Basicamente os conceitos de construção de uma lâmpada possuem as seguintes vertentes, por ordem de eficiência menor para a maior: Incandescentes; Halógenas; Mistas (tubo de descarga e filamento); Gás Xenônio; Descarga de baixa pressão (Fluorescentes); Descarga de alta intensidade (Vapor de Mercúrio, Vapor Metálico e Vapor de Sódio); Indução Magnética e LED (Diodo Emissor de Luz).

Lâmpada de Descarga de Alta Intensidade – É constituída por um tubo contendo gases, ou vapores, através dos quais se estabelece um arco elétrico. Este tubo por sua vez, é revestido de um bulbo de vidro. A pressão do gás ou vapor no interior do bulbo é de várias atmosferas tornando-se alta.
São constituídas basicamente por lâmpadas de vapor de mercúrio, metálico e sódio e gás xenônio. Necessitam de reator, ou dispositivo de partida em corrente contínua (caso do xenônio), para realizar o disparo de partida e estabilizar a corrente.

Lâmpada de Enxofre – Esta lâmpada produz alta intensidade luminosa, que é atingida pela formação de um plasma de enxofre, quando inserido numa câmara de microondas.
Associada com um corpo ótico refletor pode ser empregada para iluminação de grandes ambientes, com baixíssimo consumo de energia. Esta fonte de luz de alta intensidade não utiliza mercúrio, portanto, se configura numa forma ecológica de produção de luz eficiente.

Lâmpada de Gás Xenônio – São lâmpadas de descarga que não necessitam de tubo de arco para confinar a luz como as de vapor de mercúrio, metálico e sódio. Seu meio interno é composto de gás xenônio, que permite a obtenção da descarga elétrica, produzindo uma luz de cor similar à luz do dia de 6500 K.
Sua aplicação é restrita a aparelhos científicos, mas é utilizada em flashes de câmeras fotográficas e em alguns modelos de veículos “top de linha” que incorporaram esta tecnologia aos seus faróis por trasmissão de fibras óticas.

Lâmpada de Indução Magnética – Consiste na radiação gerada pela excitação do meio interno, gás de mercúrio em baixa pressão existente, por indução eletromagnética porvinda de um gerador especial de rádio frequência (reator eletrônico).
Possuem acendimento instantâneo e vida longa da ordem de 60.000 horas, elevada eficiência luminosa 80 lm/W, e elevado índice de reprodução de cores. Diferentemente das demais lâmpadas de descarga o nº de acendimentos não tem influência sobre a vida útil, pois não tem meios físicos de propagação da corrente como filamentos ou cátodos que depreciam com o tempo.

Lâmpada Dicróica Esta lâmpada reflete a luz da ampola halógena em seu interior com abertura de facho exato, e redireciona mais de 60% do calor gerado pelo filamento para trás da lâmpada pela propriedade do dicroísmo, esta característica aliás acabou por definir o seu nome.
Obs: As lâmpadas similares com refletores de alumínio, não são dicróicas, pois não possuem a propriedade do dicroísmo.

Lâmpada Fluorescente de Cátodo Frio – É um conceito alternativo de construção de lâmpada fluorescente, onde temos um cátodo cilíndrico de ferro de amplas dimensões, comparado aos eletrodos com tungstênio do sistema quente, que proporcionam longa vida.
São recobertos com uma camada de óxidos emissores de elétrons que bombardeiam a camada interna de fósforo do tubo da lâmpada. Em operação o eletrodo atinge uma temperatura térmica de 150ºC. Possuem a metade da capacidade de emissão de uma fluorescente de catodo quente, necessitando do dobro do tamanho. Devido à tendência mundial de compactação das lâmpadas e luminárias, este sistema caiu em desuso.

Lâmpada Fluorescente de Cátodo Quente – É um conceito consagrado de construção de lâmpada fluorescente onde temos eletrodos negativos de tungstênio espiralados, recobertos com um camada de óxidos emissores de elétrons, que bombardeiam a camada interna de fósforo do tubo da lâmpada. Em operação o tungstênio atinge uma temperatura térmica de 950ºC.
Existem dois tipos básicos de sistema desenvolvidos:
Com Preaquecimento, que são as de uso mais abrangente e comum no Brasil e no mundo, compostas pelo sistema convencional com starter e partida rápida. Temos ainda o sistema de operação.
Sem Preaquecimento, que é identificada pela existência de um único pino em cada extremidade da lâmpada, encontradas em aplicações especiais, mais comuns na Europa e EUA.
Em operação o tungstênio no sistema de catodo quente atinge uma temperatura térmica de 950ºC.

Lâmpada Halógena – Lâmpada incandescente mais evoluída contendo gases halógenos para proporcionar uma maior vida média e útil.
Possuem bulbo de quartzo, que é mais resistente as altas temperaturas térmicas e pressões atmosféricas. Consiste no uso do efeito do ciclo halógeno de transmutação do gás com o filamento de tungstênio renovando o filamento e limpando o tubo de quartzo. Possuem luz um pouco mais branca na faixa de 3000 K, e geram mais calor que as incandescentes comuns. Necessitam de cuidados especiais no manuseio para não criar fissuras no bulbo e explodir pela diferença de atmosferas interna e externa.

Lâmpada Incandescente – Primeira lâmpada elétrica, inventor Thomaz A. Edson em 1879. Consiste basicamente de um filamento espiralado até três vezes de tungstênio, que é levado a incandescência pela passagem de corrente elétrica (efeito Joule). Este filamento é encapsulado num bulbo de vidro com vácuo ou gás inerte selado pela base que realiza o contato elétrico.
Apesar de sua importância histórica, as possibilidades de tecnologia para otimizar sua produtividade já se esgotaram. Sua eficiência energética e luminosa é a pior de todas as lâmpadas existentes. Por outro lado, é uma excelente fonte de calor limpo, pois converte aproximadamente entre 80% à 90% da energia consumida em calor, o restante é que se converte em luz visível.

 

Lâmpada Refletora – Independente do conceito de construção e operação de uma lâmpada, a indústria de lâmpadas ao longo dos anos vem adaptando alguns conceitos de lâmpadas distintas para versões refletoras.
Na verdade, basta “revestir” a lâmpada com um vidro soprado ou prensado em formato cônico, ou semi-cônico com material reflexivo interno para proporcionar o efeito de projeção da luz. Com este artifício as lâmpadas adquirem maior poder de intensidade luminosa, com ganhos de rendimentos significativos.

LED – Em inglês Light Emission Diode, em português Diodo emissor de luz que é fabricado em componente semicondutor. Novas tecnologias foram incorporadas a estes dispositivos permitindo o controle do espectro visível de cor. Com isto, seu uso comercial em iluminação se torna muito viável em futuro próximo, pois seu consumo é extremamente baixo com vida útil muito ampliada em relação as demais lâmpadas comercializadas no mercado.

Ligação Elétrica – União de partes condutoras entre si. Circuito ou condutor que liga terminais ou outros condutores. Ou ainda, Maneira de ligar circuitos ou equipamentos elétricos.

Ligação Eletromecânica – Ligação elétrica feita por meios mecânicos com conectores próprios que não a solda.

Ligação em Paralelo – Ligação de dispositivos de modo que todos eles sejam submetidos à mesma tensão.

Ligação em Série – Ligação de dispositivos de modo que todos eles sejam percorridos pela mesma corrente.

Lúmen – Medida do fluxo luminoso, à partir de uma fonte de luz puntiforme e invariável de uma Candela, de mesmo valor em todas as direções, no interior de um ângulo sólido de um esferoradiano. Símbolo (lm).

Luminância – Unidade de medida da intensidade luminosa produzida ou refletida por uma superfície aparente, (cd/m²). Quando as superfícies são iluminadas, a luminância é dependente tanto do nível de iluminação quanto das características de reflexão da própria superfície. Não confundir com iluminância (lx).

Luminária – Aparelho que distribui, filtra ou modifica a luz emitida por uma ou mais lâmpadas e que contém todas as partes necessárias para fixar e proteger as lâmpadas, e quando necessário, os circuitos auxiliares e os meios de ligação ao circuito. Existe uma infinidade de tipos no mercado que atendem as mais variadas necessidades.
O importante é encontrar o modelo mais adequado que englobe: Custo Total viável; Eficiência (Conservação de Energia); Segurança (Grau de proteção IP); Viabilidade Técnica; Qualidade dos Componentes dos Materiais; Tratamentos Químicos; Pintura; Estética; Funcionalidade e Adequação ao ambiente.

Luminária Subaquática – Peça especial para instalação imersa prolongada na água. Construção estanque para evitar a penetração de qualquer volume de água e suportar possíveis pressões referentes a imersão mais profunda. Seu grau de proteção é altíssimo IP68, pelo menos. Deve-se ter extremo cuidado com a isolação perfeita das instalações elétricas e com a qualidade dos componentes, pois existirá sempre o risco de acidentes, devido a água que envolve o equipamento. Seu uso frequente é em chafarizes de praças, mas é encontrada em piscinas mais elaboradas para efeito decorativo e destaque.

Luminária Subterrânea – Peça vedada para ser instalada enterrada em jardim, com a superfície de saída da luz um pouco acima do solo.
Este tipo de luminária é utilizada com lâmpadas diversas com o intuito de destacar arbustos e árvores.

Luminária Vigia – Peça de embutir na parede com o objetivo de sinalizar caminhos em jardins, pátios e sobre degraus de escadas.
Pode incorporar pestanas, aletas ou refletores internos que atuam por luminância projetada, para minimizar ofuscamentos.

Luminosidade – Parâmetro subjetivo de um atributo de sensação visual, segundo o qual uma superfície parece emitir mais ou menos luz.

Luminotécnica – Aplicação de técnicas de iluminação, considerada sob seus vários aspectos, incorporando: Tecnologias de equipamentos; Fotometria; Dimensionamentos; Índices de iluminância normatizados (ABNT) e Depreciações compensatórias pertinentes.

Lux – Unidade de medida de iluminância de uma superfície, sobre a qual incide um fluxo luminoso uniformemente distribuído. Símbolo (lx).

Luxímetro – Instrumento destinado a medir iluminância. Num projeto o luxímetro vai aferir níveis de iluminância para se adequar as exigências das normas técnicas em vigor (ABNT).

Luz (Espectro Visível) – Atributo indispensável e comum a todas as percepções e sensações, que são peculiares e necessárias ao sistema visual como: formas, dimensões, profundidade e cores. É normalmente, mas não necessariamente, produzida pela ação de um estímulo luminoso sobre o sistema visual.
Os limites aproximados do espectro visível está entre 360/400 nm (infravermelho) à 760/830 nm (ultravioleta).
O termo “luz” também é utilizado para definir uma fonte de emissão da mesma.

Luz de Emergência – Dispositivo composto por lâmpada (s), invólucro e bateria a qual na falta de energia elétrica acenderá automáticamente, garantindo um minímo de iluminação ao ambiente. O dispositivo deverá estar conectado permanentemente a energia elétrica e só srá acionado na falta da mesma.

Luz Fria – Expressão utilizada para definir uma faixa de temperatura de cor de uma lâmpada acima de 4000 K, aproximadamente, ressaltando o espectro de cores frias de tons derivados do azul.
Atenção ! Não confundir a expressão com temperatura térmica produzida pela lâmpada em operação, esta relação é incorreta.

Luz Quente – Expressão utilizada para definir uma faxia de temperatura de cor de uma lâmpada até 3900 K, aproximadamente, ressaltando o espectro de cores quentes de tons derivados do vermelho.
Atenção ! Não confundir a expressão com temperatura térmica produzida pela lâmpada em operação, esta relação é incorreta

M / N / O

Malha de Distribuição – Conjunto de linhas de um sistema de distribuição ou de uma parte deste sistema, interligadas de modo a formarem um circuito fechado, alimentado em dois ou mais pontos, e ao qual são conectadas linhas de alimentação e/ou de consumidores.

Manutenção Corretiva – Manutenção efetuada após a ocorrência de uma pane. Destinada a recolocar um ítem em condições de executar sua função. É importante salientar que o mais recomendável é a manutenção preventiva.
Na ausência do procedimento ideal, a manutenção corretiva é o trabalho que é normalmente realizado pelos responsáveis em orgãos governamentais; empresas; clubes; condomínios e residências. No aguardo do evento da queima de lâmpadas e reatores, o nível de iluminamento ou iluminância decresce ao longo do tempo, ficando abaixo do mínimo necessário, afetando com isto a acuidade visual das pessoas.

Manutenção Preventiva – Manutenção efetuada em intervalos predeterminados ou de acordo com critérios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um equipamento.
Em iluminação, a manutenção preventiva prevê uma troca regular de lâmpadas de acordo com sua vida útil, mesmo antes da queima. Este procedimento é recomendado, pois as lâmpadas depreciam seu fluxo luminoso ao longo do tempo. Quando o fluxo está abaixo de 75% do valor nominal do projeto é o ponto ótimo de troca. À partir deste momento a iluminância vai caindo prejudicando a acuidade visual das pessoas.

Matiz – Atributo de uma sensação visual segundo o qual uma superfície parece semelhante a uma das cores percebidas, vermelho, amarelo, verde e azul ou uma combinação destas cores.

Nanômetro – Unidade de medida do comprimento de onda no espectro eletromagnético. Símbolo (nm).

Neon gerando luz – O gás neon (confinado em um tubo na pressão certa) pode ser ionizado com uma voltagem de ­± 6000 Volts, sendo possivel gerar plasmas, que são forças motrizes de luz e calor. As temperaturas geradas pela excitação elétrica são aceitáveis e acessíveis para um uso prático mais seguro.
Algumas lâmpadas com gás Neon e tecnologias mais novas foram desenvolvidas para aplicação em lanternas direcionais, sinalização e freio em veículos. Se moldam a qualquer formato de carro e suas dimensões reduzidas ( 5 mm de diâmetro) possibilitam lanternas menores e de formatos inovadores.
A grande vantagem desta tecnologia é o tempo de acendimento 1.000 vezes mais rápido que as lâmpadas convencionais com filamento.
Para exemplificar o que representa esta resposta de acendimento das lâmpadas de gás Neon veja o exemplo abaixo: Um motorista conduzindo um veículo à 100 Km/hora observa mais rapidamente o acionamento da luz de freio NEON do carro que vai a sua frente e permite uma reação antecipada que resulta em ganho de 5 metros no espaço de frenagem. Isto pode ser traduzido em maior segurança.

Neutro – Condutor de um sistema monofásico, bifásico ou trifásico ligado permanentemente sem passagem de corrente. Termo genérico que se refere tanto ao ponto neutro como ao condutor neutro. Algumas instalações não possuem neuro (ligação delta).
Por exemplo: ligações fase à fase, que não possuem neutro.

Nível de Iluminância – Indica a quantidade de luz por unidade de área de superfície em um ponto particular da área em questão.
Pode ser medido com um luxímetro. Nos cálculos luminotécnicos este nível é encontrado em média pelas dimensões inseridas na equação, e deve seguir as normas técnicas vigentes (ABNT). O nível de iluminância pode ser medido, porém não visto. O que é percebido pelo olho humano são as diferenças na reflexão da luz incidente.

Objetivos da Iluminação Artificial – Proporcionar boas condições de incidência de luminosidade na deficiência ou ausência de luz natural. Permitir identificação das dimensões físicas dos espaços; suas formas; contornos; volumes; cores e contrastes, mantendo o conforto visual dos usuários, com níveis de consumo de energia equilibrados, sem acúmulo de calor no ambiente.

Obstáculo Visual – Elemento que impede um contato visual direto acidental, mas não impede um contato direto por ação deliberada de uma ou mais pessoas. No momento de definir pontos de instalação de luminárias e lâmpadas, atentar sempre para as circunvizinhanças para detectar possíveis obstáculos à luz.
O obstáculo visual pode ser necessário em casos em que a luz incidente esteja causando ofuscamento, como em outdoors e luminosos comerciais próximos de edificações, ou quando atinja o campo visual de motoristas em vias públicas.

Ofuscamento – Condição de visão na qual há desconforto ou redução da capacidade de distinguir detalhes ou objetos, devido a uma distribuição desfavorável das luminâncias com brilhos intensos ou em contrastes excessivos.
O ofuscamento pode ser direto, através de luz direcionada diretamente ao campo visual. Ou ainda, de forma reflexiva, por intermédio de superfícies claras, transparentes ou brilhosas, considerando que a luminância incômoda está delimitada à partir de 200 cd/m².

Ohm – Unidade de medida de resistência elétrica, que é a resistência de um elemento passivo de um circuito no qual circula uma corrente elétrica inváriável de 1 ampére quando existe uma diferença de potencial de 1 Volt entre seus terminais. Símbolo (W).

P

Pé Direito – Distância nominal entre o piso e o teto em um ambiente qualquer. É muito importante atentar em qualquer projeto de iluminação as características do pé direito, para se determinar o tipo de luminária e lâmpada mais adequada à área estudada.

Pé Direito Útil – Para fins de dimensionamentos reais de uma ambiente para cálculos luminotécnicos, devemos abater do pé direito a distância do plano de trabalho ao piso e das luminárias e lâmpadas do teto, quando o sistema for pendente. Com isto teremos a distância real entre a fonte de luz e o plano de trabalho.

Pendente – Qualquer tipo de luminária sustentada por cabo(s) e que se destina a reduzir a distância da fonte de luz em locais onde o pé direito é elevado, ou ainda para ampliar a iluminância num plano de trabalho para realização de uma tarefa específica.

Penetração da Luz Diurna – Distância perpendicular à janela até onde penetra a luz natural da abóboda celeste.

Perfilado – Eletrocalha ou bandeja de dimensões reduzidas. Produto utilizado para criar sistemas pendentes em locais de pé direito relativo alto, para instalar luminárias, acomodar reatores e passar cabeamentos.

Persistência Visual – É função do processo sensibilizador do olho ser de natureza química, e portanto, manter durante algum tempo a imagem na retina. A persistência visual está ligada com o tempo de exposição do objeto e de sua luminosidade. Quanto mais iluminado estiver o objeto e quanto maior for o seu tempo de exposição, maior será a sua fixação na retina. É à partir deste fenômeno que ocorre o indesejado efeito estroboscópico, que causa a impressão de estarem parados, ou em sentido oposto da sua rotação objetos que estão girando ou simplesmente se movimentando.

Plafon – Em francês plafond. Luminária fixada no teto, sem cabos ou estrutura pendente aparente, para iluminação difusa e de conteúdo prioritariamente decorativo.

Plano de Trabalho – Para se tomar medidas de iluminância e adequá-las às normas da ABNT, temos que considerar a superfície usual de trabalho.
Entendendo como trabalho qualquer atividade exercida em mesas; bancadas; balcões; esteiras rolantes de fábricas; pranchetas e quaisquer elementos que forneçam suporte para manuseios diversos, digitação ou escrita, e permitam a acomodação de uma pessoa sentada ou em pé à sua volta.
A medida padrão para plano de trabalho é de 0,80 m.

Polaridade Elétrica – Situação relativa dos potenciais de dois pontos que se encontram em oposição de cargas positiva e negativa. Na frequência de oscilação em Hertz, ocorrem 60 variações de polaridade em um segundo, padrão brasileiro.

Posição de Funcionamento – Algumas lâmpadas apresentam esta peculiaridade que exigem um cuidado especial no momento da instalação e é decorrente da tecnologia de construção dos produtos. Esta restrição é expressa sob o referencial vertical ou horizontal em relação ao solo em ângulos limites.
Ex: Lâmpadas mistas não devem operar com mais de 30º de inclinação em relação a posição vertical, e lâmpadas Halógenas do tipo palito não devem ultrapassar 4º de variação em relação a posição horizontal.

Poste – Suporte de linha aérea ou luminária, construído por uma coluna esbelta, engastada ou fixada em sapata verticalmente no solo.

Potência – Indica o consumo e o fornecimento de energia elétrica em um circuito de corrente alternada, a qual é igual ao produto da tensão e da corrente.
Quando se referir a uma potência elétrica, não utilizar o termo “wattagem” que é incorreto.
Unidade de Medida Watt, Símbolo W, unidade referencial para consumo de energia elétrica kWh.

Potência de Alimentação – Soma das potências nominais de todos os equipamentos de utilização existentes ou previstos na instalação, ou ainda um segmento considerado da instalação, suscetíveis de funcionar simultaneamente. O valor desta soma é um norteador do dimensionamento dos circuitos de proteção ( disjuntores e fusíveis ).

Potência de Entrada – Potência total recebida por um dispositivo elétrico ou por um conjunto de dispositivos.

Potência de Saída – Potência transferida por um dispositivo elétrico sob uma forma e uma finalidade especificadas. Também denominada “Potência Útil”.

Potência Disponibilizada – Potência que o sistema elétrico da concessionária deve dispor para atender às instalações elétricas da unidades consumidoras, segundo os critérios estabelecidos na Resolução nº456 da ANEEL.
Esta potência está configurada em dois grupos distintos:
* Unidade Consumidora do Grupo “A” com tensão de alimentação à partir de 2300V e
* Unidade Consumidora do Grupo “B” com tensão de alimentação abaixo de 2300V.

Potência Instalada – Soma das potências nominais dos equipamentos elétricos de mesma espécie de uma instalação que, após concluídos os trabalhos, estão em condições de entrarem em funcionamento.

Projetor – Luminária na qual a luz é concentrada, por reflexão ou refração, de modo a obter uma grande intensidade luminosa em um cone com ângulo sólido limitado.

Propagação da Luz – Inúmeras experiências demonstram que a luz se propaga em linha reta e em todas as direções, em qualquer meio homogêneo e transparente. Chama-se raio luminoso a linha que indica a direção de propagação da luz.
O conjunto de raios que parte de um ponto é um feixe. Se o ponto de onde procedem os raios está muito distante, os raios são considerados paralelos.
Numa casa às escuras, uma pequena abertura numa janela nos permite observar a trajetória reta da luz. Do mesmo modo, se fizermos alguns furos nas paredes de uma caixa opaca e acendermos uma lâmpada em seu interior, percebemos que a luz sai por todos os orifícios, isto é, ela se propaga em todas as direções.

Q / R

Quadro de Distribuição – Equipamento elétrico destinado a receber energia através de uma ou mais alimentações e a distribuí-la a um ou mais circuitos, podendo também desempenhar funções de proteção, seccionamento, controle e/ou medição.

Quilowatt-Hora – Unidade de medida de potência ativa em circuitos elétricos de corrente alternada igual a 1000 watts num período de uma hora. Símbolo kWh.

Radiação Infravermelha – Radiação eletromagnética com comprimento de onda à partir de 780 nm (aproximadamente), que é superior ao da radiação de luz visível, e inferior ao das microondas. É a parcela do espectro eletromagnético que fica situada antes do vermelho.
A Comissão Internacional de Iluminação (CIE), dividiu o espectro IR (Infra Red) em três partes: IR-A de 780-1.400 nm; IR-B de 1.400-3.000 nm e IR-C de 3.000nm a 1 mm. São percebidos na forma de calor sendo utilizadas na indústria, agricultura e medicina com fontes de luz especiais de ondas curta, média e longa.

Radiação Ultravioleta – Radiação eletromagnética de comprimento de onda à partir de 380 nm (aproximadamente), que é inferior a radiação de luz visível e superior ao raio X. É a parcela do espectro eletromagnético que fica situada após o violeta.
A Comissão Internacional de Iluminação (CIE), dividiu o espectro UV em três partes:
UV-A, de 315-400 nm, atravessa a maioria dos vidros e materiais translúcidos e provoca o efeito da fluorescência;
UV-B, de 280-315 nm, possui ação terapêutica sobre a pele, provoca o bronzeamento e forma a vitamina D (ação antiraquítica);
UV-C, de 100-280 nm, possui efeito germicida e atua sobre bactérias, fungos e micro-organismos.
Cuidado ! O contato com a faixa de UV-C é bastante nocivo afetando a pele, podendo causar câncer e cegueira.

Reator – Dispositivo ligado entre a fonte de alimentação de um circuito elétrico e uma ou mais lâmpadas à descarga e que é destinado principalmente a limitar a corrente nas lâmpadas ao valor de trabalho projetado. O reator pode incorporar também um transformador da tensão de alimentação; elementos para otimizar o fator de potência (capacitores); dispositivo de acendimento (ignitor/starter), assegurando as condições necessárias para o acendimento das lâmpadas. Importante compreender que os reatores atendem as necessidades peculiares de cada lâmpada, portanto existem modelos distintos que atendem particularmente cada tipo de lâmpada. Seu invólucro pode ser blindado para permitir seu uso ao tempo.

Reatores Eletromagnéticos – Primeiro Conceito de dispositivo de acendimento de lâmpadas de descarga em geral, composto de um núcleo de ferro, conjugando várias lâminas de silício e bobinas de fio de cobre esmaltado, revestidos em alguns casos nas áreas livres internas com resina de poliéster.
Processos existentes de acendimento para lâmpadas fluorescente:
Convencional com starter e o Partida Rápida.
Processos existentes de acendimento para lâmpadas de descarga de alta intensidade
Com ignitor, dispositivo auxiliar, e Sem Ignitor, usando eletrodo de partida interno da lâmpada.

Reatores Eletrônicos – Conceito mais moderno de dispositivo de acendimento de lâmpadas de descarga em geral, composto basicamente por componentes eletrônicos tipo: diodos; resistores; capacitores; transistores; filtros; fusíveis; varistores entre outros.
Principais vantagens: São silenciosos; mais compactos; mais leves; emitem menos calor no ambiente, consomem menos energia e possuem vida útil elevada. Atenção ! Esta tecnologia deve incorporar, preferencialmente, alto fator de potência > 0,92; distorção harmônica < 33% para prevenir interferências de rádio frequência e dispositivo de proteção contra surto de tensão.
As tecnologias disponíveis para reatores eletrônicos são basicamente: Bivolts, sem dispositivos avançados; Monovolts, com dispositivos otimizados; Multivolts, com estabilização para flutuações de tensão do circuito; ou que assimilam oscilações intensionais por meio de dímeres regulando fluxo luminoso.

Refletância – É a razão entre a luz refletida e a luz incidente, também conhecida como fator de reflexão. As luminárias com refletores de alto rendimento utilizam este princípio para ampliar sua eficiência.

Refletor – Dispositivo destinado a modificar a distribuição espacial de um fluxo luminoso emitido por uma fonte de luz, essencialmente por meio do fenômeno de reflexão.

Reflexão – Retorno de radiação por uma superfície sem modificação da frequência dos seus componentes monocromáticos.

Reflexão Difusa – Difusão por reflexão na qual, sob escala monocromática, não há reflexão regular.

Reflexão Especular – Reflexão sem difusão, de acordo com as leis de reflexão óptica, como num espelho.
Fenômeno encontrado em luminárias com refletores de alto brilho que ampliam o rendimento do conjunto óptico de uma luminária.

Refração – Mudança na direção de propagação de uma radiação, causada por variações de sua velocidade de propagação, quer através de um meio oticamente heterogêneo, quer ao atravessar a superfície de separação de dois meios diferentes.
Não confundir com reflexão.

Relé Fotelétrico – Dispositivo de controle de iluminação pública e externa que opera por comutação de contatos comandados pelo acionamento de uma célula fotelétrica. Este dispositivo contribui para a conservação de energia, pois automatiza a operação de pontos de luz dentro de um nível pré determinado.

Rendimento de uma Luminária – Razão entre o fluxo luminoso total emitido pela luminária, medindo em condições práticas especificadas e suas lâmpadas e equipamentos auxiliares apropriados, e a soma dos fluxos luminosos das lâmpadas funcionando fora da luminária com os mesmos equipamentos.
Para obter rendimento ótimo, esta medida tem que se aproximar o máximo possível da soma dos fluxos nominais de catálogo das lâmpadas.
OBs: Luminárias de baixo rendimento podem provocar perdas de fluxo luminoso de até 60%.

Reprodução de Cores – A cor de um objeto é determinada pela reflexão de parte do espectro de luz que incide sobre o o mesmo. Isto significa que uma boa reprodução de cores está diretamente ligada a qualidade da luz incidente, ou seja, à equilibrada distribuição das ondas constituintes do seu espectro.
O referencial tomado é a luz solar.

Retrofit Processo de substituição de um sistema de iluminação por um outro alternativo mais eficiente. Pode incorporar a troca de luminárias, reatores e lâmpadas que vão compor um novo projeto luminotécnico. Além de agregar maior eficiência energética, outros ítens são contemplados, tais como: nível de iluminância adequado, atendendo as normas da ABNT; menor carga térmica no ambiente, aliviando também o consumo do ar condicionado; melhor reprodução de cores do ambiente; menor nível de ofuscamento e maior conforto visual; menor nível de ruído e cintilação do conjunto, devido o uso de reatores eletrônicos.
A escala de economia é variável, mas atinge valores da ordem de 60%, mesmo substituindo lâmpadas fluorescentes por outras também fluorescentes, porém de tecnologia mais avançada e até 87% em se tratando de troca de incandescentes.

S / T / U

Sanca / Cornija / Sanefa – São sistemas de iluminação por reflexão difusa de baixo rendimento, fixadas nos centímetros finais das paredes próximo ao teto, utilizados para realçar ambientes.
Sanca, consiste numa espécie de canaleta de gesso onde são acomodadas as lâmpadas, com abertura para cima disposta para criar uma faixa de iluminação refletida no teto.
Cornija, se configura por um anteparo paralelo a parede, utilizando o teto entre o anteparo e a parede para fixação das lâmpadas, criando um efeito chamado wallwashing sobre a parede.
Sanefa, se apresenta como um misto das duas soluções, produzindo tanto a reflexão difusa pelo teto quanto pela parede.
Nas três soluções deve-se atentar para que as cores do teto e parede sejam em tons claros. Evitar cores esmaltadas, brilhantes ou cintilantes, principalmente se for escolhido o branco para não provocar ofuscamento visual.

Seccionamento – Ação destinada a interromper a alimentação de toda ou de uma parte determinada de uma instalação elétrica, separando-a de qualquer fonte de energia elétrica, por razões de segurança.

Sensor – Transdutor de sinais elétricos que converte um sinal de qualquer espécie em um sinal elétrico.
Ex: Os sensores de presença captam movimentos e acionam o circuito de iluminação a que estam conectados. Na ausência de movimentos à partir de um dado período programado, é desacionada a iluminação contribuido para a conservação de energia.

Spot – Expressão do inglês que significa local, região, mancha, ponto ou lugar. Muito utilizada para definir luminárias de luz focalizada direcional. Utiliza fixação direta em laje, ou mesmo em forros, ou também em trilhos e cordoalhas energizadas.

Starter – Dispositivo de acendimento conjugado com reator eletromagnético de partida convencional, para algumas lâmpadas fluorescentes, que assegura o preaquecimento necessário dos eletrodos e que, em combinação com a impedância série do reator, provoca um surto na tensão para dar partida nas lâmpadas.

Temperatura de Cor – É a grandeza que expressa a aparência de cor de uma fonte de luz. A escala das temperaturas de cor segue a ordem crescente de “luz quente” para “luz fria”. À partir do experimento com o corpo negro ( radiador de Plank ), foi definida uma escala relacionada ao efeito térmico e a aparência da luz visível deste corpo.
Não confundir com temperatura térmica, sensação de calor e frio e nem com IRC (Índice de Reprodução de Cores). Unidade de medida Kelvin, Simbolo K. Ver Kelvin; Corpo Negro ( Radiador Plank ); Temperatura de Cor Correlata ( TCC ); Luz Fria; Luz Quente e Young-Helmholtz.

Temperatura de Cor Correlata ( TCC ) – À temperatura de cor medida num corpo negro ( radiador de Plank ), é realizada pelo implemento de calor causando a incandescência deste corpo até sua fusão. Este experimento definiu a escala de temperaturas de cor, medidas em graus Kelvins, pela aparência da luz. Portanto, numa escala estendida e correlata, TCC é entendida como a temperatura de cor absoluta, cuja cor percebida se assemelha ao mais próximo possível com aquela apresentada pela fonte luminosa incandescente.
Neste sentido, as fontes de luz distintas da incandescente que atuam por descarga elétrica (fluorescentes; Vapor Mercúrio; Vapor Metálico e Vapor de Sódio), tem sua aparência de cor definida pela TCC. Ver Temperatura de Cor; kelvin; Corpo negro ( Radiador de Plank ); Aparência da Luz; Young-Hemholtz; Luz ( Espectro Visível ); Cor Percebida e Descarga Elétrica.

Temperatura de Trabalho – É uma faixa de temperatura térmica em que um dispositivo elétrico pode operar mantendo suas características funcionais. Ao ultrapassar os limites estipulados pelo fabricante, estarão comprometidos: os circuitos elétricos; a funcionalidade, e a própria integridade do produto.

Transmitância – É a razão entre o fluxo luminoso transmitido e o incidente. É a passagem do raio luminoso através de um meio físico, sem alteração de seu espectro. Ao passar através do material, o raio luminoso sofre uma perda por absorção. Parte do raio se transmite e outra parte se converte em calor.

Unidade Consumidora – Conjunto das instalações e equipamentos elétricos que recebem energia elétrica em um ponto, com medição individualizada e correspondente a um único consumidor.

Up Light – Artifício para iluminar elementos de um ambiente de forma esguia e vertical como árvores e arbustos do jardim; estátuas e colunas de um prédio. Consiste basicamente em instalar projetores externos ou luminárias de embutir no chão, voltados para os objetos.
Importante ressaltar que quanto mais próximo do objeto a fonte de luz for instalada, maior a incidência de sombras muito marcadas e quanto mais afastada estiver a fonte de luz do objeto reduz-se este efeito.

V / W / X / Y / Z

Vida Média de uma Lâmpada – É a média aritmética do tempo de duração de cada lâmpada ensaiada de um determinado lote.

Vida Mediana de uma Lâmpada – É o número de horas resultantes, em que 50% das lâmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas.

Vida Útil de uma Lâmpada – É a média de horas que um dado número de lâmpadas ensaidas atingem a depreciação de 75% de seu fluxo luminoso, podendo comprometer a acuidade visual das pessoas. Apesar da maioria das lâmpadas continuar acesas após atingir este valor, é recomendável providenciar a troca por novas lâmpadas.

Visão Escotópica É composta por sensores nervosos do globo ocular denominados “bastonetes”, são adaptadas para baixas luminosidades, ou seja, atuam na visão das regiões claras e escuras.
O valor máximo de sua curva espectral ocorre em 507nm. O deslocamento da visibilidade ocasionada por zonas claras e escuras provocam o deslocamento da visão dos “bastonetes” para os “cones”, ocasionando a fadiga visual.

Visão Fotópica – É composta por sensores nervosos no globo ocular denominados “cones”, é menos sensível à luz do que a visão escotópica, permitindo a visão para grandes luminosidades ( visão detalhada da luz do dia ). É responsável pela visão das cores. O valor máximo da sensibilidade de sua curva espectral ocorre em 554nm. O deslocamento da visibilidade ocasioanada por zonas claras e escuras provocam o deslocamento da visão dos “cones” para os “bastonetes”, ocasionando a fadiga visual.

Volt – Unidade de grandeza elétrica entre os terminais de um elemento passivo de circuito que dissipa a potência de 1W quando percorrido por uma corrente de 1A. Símbolo V.

Wall Washing Técnica que consiste em fixar pontos de luz dirigida com spots ou embutidos no teto; ou luminárias de chão embutidas; ou ainda projetores de pequeno porte, todos fixados em pontos equidistantes que focalizam uma extensão de parede causando nesta o efeito de um “banho de luz”.
Este efeito permite destacar as texturas das paredes promovendo ainda uma iluminação indireta para sinalizar caminhos e valorizar a arquitetura.

Watt – Potência desenvolvida quando se realiza, de maneira contínua e uniforme, o trabalho de 1 Joule em 1 segundo.
Símbolo W. Nunca confundir com a emissão do fluxo luminoso de uma lâmpada.

Xantopsia – Distúrbio da visão no qual os objetos são vistos na cor amarela.

Young-Helmholtz ( Teoria Tricromática ) – Importantes cientistas do século XIX estudiosos das cores. Segundo eles, a fóvea retiniana, ou cavidade do fundo do olho humano que forma o eixo visual com a córnea, compõe-se por três tipos de fotoreceptores nervosos (cones). O 1º grupo é sensível prioritariamente à ação das ondas luminosas longas (vermelho); o 2º às ondas de comprimento médio (verde), e o terceiro às ondas de comprimento curto (azul).
Baseado nesta teoria tricromática de visão de cores, e com a descoberta de novos pós, ditos tricromáticos, os grandes fabricantes que investem em pesquisa, conseguiram obter uma nova série de lâmpadas de descarga. Usando uma combinação de fósforo com terras raras, estes novos pós não apenas corrigem a cor, mas emitem luz colorida. Ou seja, mediante a medida apropriada dos pós trifosfóricos, obtêm-se atualmente lâmpadas de descarga muito mais eficientes.

Zebramento É o fenômeno ocasionado pela existência de sucessivas regiões claras e escuras geralmente em uma mesma via, ocasionando a fadiga visual.

Zênite – Interseção da vertical superior de um lugar com a esfera celeste. O estudo deste parâmetro permite o melhor aproveitamento da luz natural num ambiente por via zenital sem ofuscamento direto.