Disjuntores

Embora os Disjuntores sejam dispositivos muito conhecidos e inclusive, com certeza usado na sua casa, você já deve ter se perguntado para que serve isso? Ou por que existem vários tipos de disjuntor? Como funciona isso?

Disjuntores Elétricos

São componentes muito comuns e muito utilizados nos quadros de distribuição residenciais utilizados principalmente como elemento de proteção e seccionamento de circuitos, o disjuntor é comumente utilizado como substituto do fusível. Isso porque uma das vantagens do disjuntor sobre o fusível é que ele não é descartável.

Após ser desarmado, o disjuntor pode ser rearmado várias vezes para que assim haja a continuação do funcionamento do circuito. Já o fusível, é descartável após seu rompimento.

O disjuntor é um dispositivo mecânico com a função de um interruptor com desarme automático, que é acionado quando o mesmo recebe uma corrente de sobrecarga ou curto-circuito. O disjuntor foi desenvolvido com o intuito de proteger os elementos existentes no circuito caso ocorra uma corrente de pico maior que o limite suportado pelo mesmo.

Entre os principais tipos de disjuntores estão o térmicomagnético e termomagnéticos.

 

Disjuntor Térmico

O disjuntor térmico funciona pelo princípio da deformação de uma lâmina bimetálica. Quando esta lâmina sofre uma sobrecarga de corrente, a mesma se deforma diferentemente nos dois metais e então ocorre a deformação, fazendo com que o contato mecânico abra o circuito elétrico sequente ao disjuntor térmico, efetuando assim a proteção dos equipamentos elétricos, como podemos ver nesta imagem abaixo:

disjuntor térmico gif

Uma das principais vantagens é que o disjuntor térmico é um dispositivo mecanicamente simples, robusto e barato. Porém, não é muito preciso e necessita de um tempo de ação relativamente lento, o que o torna inutilizável para proteção de curto circuitos.

Onde usar: O disjuntor térmico é usado como proteção do sistema elétrico contra sobreaquecimentos provocados por sobrecarga prolongadas.

Disjuntor Magnético

O disjuntor magnético funciona baseado no eletromagnetismo. Uma variação de corrente elétrica que atravessa as espiras de uma bobina, assim, gera o campo magnético nesta mesma bobina, que faz com que a chapa metálica do contato seja atraída, fazendo assim com que o contato abra, ocorrendo então a proteção da fonte e do circuito elétrico sequente. Como podemos ver nesta imagem abaixo:

DIsjuntor Magnético Gif

Esse efeito é instantâneo, o que garante que uma alta precisão a este tipo de disjuntor. Esta velocidade de interrupção instantânea é o que possibilita a proteção contra curto-circuito, que nos possibilita neste caso substituir um fusível.

Onde usar: O disjuntor magnético e usado como proteção do sistema elétrico contra curtos-circuitos, porém o mesmo tem um custo elevado.

Disjuntor termomagnético

disjuntores

O disjuntor termomagnético conhecido também como magnetotérmico, é uma junção do disjuntor térmico e magnético. Este tipo de dispositivo é muito utilizado em instalações comerciais e residenciais e suas principais funções são:

  • Manobra: Abertura e fechamento voluntário do circuito.
  • Proteção contra sobrecarga: atua como disjuntor térmico.
  • Proteção contra curto-circuito: atua como disjuntor magnético.

Onde usar: O disjuntor termomagnético é usado para a proteção do sistema elétrico contra curto-circuito e sobreaquecimento gerados por sobrecarga.

Categorias de Disjuntores

O dimensionamento do disjuntor é uma questão de segurança com eletricidade, por esta razão deve-se tomar alguns cuidados para dimensioná-los. Para cada tipo de carga, faixa de corrente de ruptura e tempo de ruptura existe uma categoria adequada de disjuntor a ser usado, essas categorias ditam a curva de ruptura específica de cada uma.

Quando se tem um equipamento sensível a picos de corrente é necessário que o disjuntor tenha um tempo de resposta de ruptura muito rápida, para que assim o equipamento não seja danificado, nesse caso a curva de corrente usada pertence a uma categoria. Em outros casos como na partida de motores, o tempo necessário para a partida do mesmo é relativamente grande, por isso a resposta de ruptura deve ser mais lenta, nesse caso é necessário um outro tipo de curva de corrente.

As curvas de ruptura determinam o período de tempo e a faixa dos limites de corrente que o dispositivo suporta.

Características curva B

Usado em circuitos de cargas resistivas em geral. Ex: chuveiros, aquecedores elétricos, circuitos TUG (Tomada de uso geral).

  • Corrente de ruptura 3 a 5 vezes maior que a corrente nominal. Ex: IN = 10A, curva entre 30 e 50A

Características curva C

Usado em circuitos de cargas indutivas em geral. Ex: Ar condicionado, bombas, circuitos de iluminação, sistemas de comando e controle.

  • Corrente de ruptura 5 a 10 vezes maior que a corrente nominal. Ex: IN = 10A, curva entre 50 e 100A.

Características curva D

Usado em circuitos industriais. Ex: motores de grande porte, grandes transformadores, máquinas de solda.

  • Corrente de ruptura 10 a 20 vezes maior que a corrente nominal. Ex: IN = 10A, curva entre 100 e 200A.






 

Perguntas Frequentes sobre Disjuntores

Quais os Tipos de Disjuntores Existem?

  • Disjuntor Monopolar
  • Disjuntor Bipolar
  • Disjuntor Tripolar
  • Disjuntor magnético
  • Disjuntor térmico
  • Disjuntores termomagnéticos

Para que serve o Disjuntor?

Os disjuntores são um sistema de segurança contra sobrecargas elétricas ou curtos-circuitos, que tem a função de cortar a passagem de corrente elétrica, caso a intensidade da mesma seja excedida. Quando ocorre uma sobrecorrente provocada por uma sobrecarga ou um curto-circuito, o disjuntor é desligado automaticamente.

Qual o Disjuntor para Chuveiro 220v?

Para chuveiro com a tensão nominal de 127V e 5500W de potência, deve ser adotado disjuntor de 50A e a seção do cabo deve ser 10mm². Para chuveiro com a tensão nominal de 220V e 5500W de potência, deve ser adotado disjuntor de 25A e a seção do cabo deve ser 4mm².

Qual o tipo de Disjuntor para Casa?

Disjuntor Unipolar: É indicado para circuitos com uma única fase. Ex: Circuitos de iluminação e tomadas em sistemas fase/neutro (127V ou 220V); Disjuntor Bipolar: É indicado para circuitos com duas fases. Ex: Circuitos para chuveiros e torneiras elétricas em sistemas Bifásicos Fase/Fase (220V);

Lembrando que não se seccionar o Neutro, ou  seja, passar o neutro pelo Disjuntor.

Como Dimensionar Disjuntor?

Os disjuntores DIN possuem uma resposta mais rápida e eficiente em comparação aos disjuntores NEMA e são mais comuns hoje em dia. O disjuntor NEMA é mais encontrado em instalações antigas. Embora ambos atendam às normas técnicas internacionais, o disjuntor DIN está mais adequado à norma brasileira.

Como botar um Disjuntor?

Conecte a fase na extremidade superior do Disjuntor e na extremidade Inferior, conecte o condutor que irá para carga (Lâmpada, Tomada e etc) ou circuito.

Qual curva de disjuntor usar para chuveiro?

Caso escolha um o disjuntor DIN para utilizar no chuveiro elétrico, deve ser usar um disjuntor com curva de disparo Tipo B.

Tipo de curva para carga resistivas.

Qual o Disjuntor Certo para Chuveiro?

 

Tensão

Potência

Disjuntor (A)

127V

2500 W

25

127V

3200 W

32

127V

4000 W

40

127V

4500 W

40

 

Qual a função do Disjuntor em um Circuito Elétrico?

Um disjuntor é um dispositivo eletromecânico, que funciona como um interruptor automático, destinado a proteger uma determinada instalação elétrica contra possíveis danos causados por curto-circuitos e sobrecargas elétricas.

O que é Disjuntor Trifásico?

O Disjuntor Trifásico é indicado para sistemas que operam com até três fases, o termo correto é Disjuntor Tripolar

Como fazer a ligação de um disjuntor bipolar?

Conecte as fases nas extremidades superiores do Disjuntor, como se trata de um Disjuntor Bipolar, ele possuirá 2 polos acima e 2 polos abaixo.

Na extremidade Inferior, conecte o condutores que irá para carga (Chuveiro, Torneira Elétrica e etc) ou circuito.

Qual a potência do chuveiro para fio 4mm?

O condutor de 4mm² suportar uma corrente de até 28A.

Com base nesse dado, podemos ligar as seguintes configurações:

 

Potência               Tensão               Corrente

 

5500W                  220V                   25A

 

3000W                  127V                   24A 

 

Qual disjuntor usar em uma casa com 2 chuveiros?

Tipicamente é utilizado disjuntor do tipo D no Padrão de entrada, onde o mesmo possui uma curva de disparo maior que os demais (Tipo B e Tipo C).

Para saber o valor da corrente (A), depende da tensão nominal da instalação e da potência total da residência.

Onde para obter esses valores, além realizar o levantamento de cargas, determinação da potência e corrente de cada circuito em seu QDC. 

Você realizará o cálculo de demanda, onde com o valor da potência total da residência, você consultará no site da sua CIA de Energia (varia conforme região) e usará o fator de demanda para aquela potência.

Após usar o valor da potência em conjunto com o fator de demanda, você obterá uma potência para dimensionar o Disjuntor Padrão da Instalação.

Conclusão

Embora o disjuntor seja um dispositivo muito conhecido e inclusive, com certeza usado na sua casa, você já havia se perguntado para que serve isso? Ou por que existem vários tipos de disjuntor? Como funciona isso?

Você pôde perceber que o disjuntor é muito importante na proteção de equipamentos elétricos e eletrodomésticos, mas muitas vezes, só entendemos essa importância quando   temos a vivência em nossas casas, por exemplo quando ligamos vários equipamentos ao mesmo tempo e o disjuntor desarma, ou quando ficamos muito tempo no chuveiro e o mesmo acontece.

Existe o dimensionamento correto do disjuntor, o tipo correto para cada aplicação. Por isso é tão importante conhecer os dispositivos elétricos e principalmente sempre se atentar para aplicar os conhecimentos da forma mais segura possível, evitando assim, possíveis acidentes elétricos.

 

Você sabe realmente a importância de dimensionar corretamente um projeto de instalações elétricas de uma residência? Você conhece os fundamentos de balanceamento de carga ou de simetria na distribuição?
Se você respondeu não para algumas destas perguntas então eu tenho certeza que este artigo é para você.
Deixa eu te inteirar melhor de onde eu quero chegar, há algum tempo venho desenvolvendo uma sequência de artigos e palestras que tem como objetivo mostrar a cada um dos leitores da Sala da Elétrica como deve ser o início de um projeto elétrico residencial.
Tudo teve início com 
este primeiro artigo onde explico todo o passo a passo referente ao cálculo de área e perímetro para iniciar um projeto elétrico com eficiência e qualidade e o principal, conscientemente.
No segundo artigo mostrei como a NBR5410 trata a definição de 
potência de iluminação e potência de TUG’s e TUE’s.
No terceiro artigo nós 
fizemos na prática esta definição de Potência de Iluminação e Tomadas para definição de demanda instalada com base em uma planta baixa.





Projeto Elétrico na Prática

Apresentação utilizada na palestra

Divisão da Instalação – Separação por circuitos

Hoje vou te mostrar como  a NBR5410 determina a divisão da instalação elétrica, ou seja, como você deve prever a separação de circuitos da instalação a ser projetada. Embasado na NBR5410 e mostrando na prática quero que você entenda todos os passos deste importantíssimo processo para construir seus projetos de instalações elétricas.
Instalações Elétricas
Vamos ver o que NBR5410 fala sobre este aspecto da Divisão das Instalações Elétricas:

9.5.3.1
Todo ponto de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo ou virtualmente dedicado, equipamento com corrente nominal superior a 10 A deve constituir um circuito independente.
9.5.3.2
Os pontos de tomada de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos devem ser atendidos por circuitos exclusivamente destinados à alimentação de tomadas desses
locais.
Podemos então deduzir que a
 NBR5410 diz para nós que devemos nos atentar que em uma instalação elétrica, quando definimos os pontos de Tomadas de Uso Geral (TUG’s) iremos considerar que a potência máxima que irá compor o circuito deverá se enquadrar em dois níveis definidos pela tensão deste:
potência máxima
 
E é com base nesta definição que vou mostrar a você como nosso projeto ficará, mas antes deixa eu te mostrar outro item importante desta Norma:

9.5.3.3

Em locais de habitação, admite-se, como exceção à regra geral de 4.2.5.5¹, que pontos de tomada, exceto aqueles indicados em 9.5.3.2, e pontos de iluminação possam ser alimentados por circuito comum, desde que as seguintes condições sejam simultaneamente atendidas:
a) a corrente de projeto (IB) do circuito comum (iluminação mais tomadas) não deve ser superior a 16 A;
b) os pontos de iluminação não sejam alimentados, em sua totalidade, por um só circuito, caso esse circuito seja comum (iluminação mais tomadas); e
c) os pontos de tomadas, já excluídos os indicados em 9.5.3.2, não sejam alimentados, em sua totalidade, por um só circuito, caso esse circuito seja comum (iluminação mais tomadas)
Você deve se lembrar do nosso terceiro artigo, certo? Se ainda não viu então antes de continuar veja 
neste link.
Nele nós estruturamos esta tabela abaixo:

 

Determinando os circuitos

Mas antes de você iniciar q desenvolver seu projeto elétrico residencial é importante que faça uma previsão da distribuição de potência entre as fases para não ter problemas com desbalanceamento destas, pois estes desequilíbrio trará com certeza problemas futuros em sua instalação.
Devemos nos basear neste ponto da norma:

4.2.5.6
As cargas devem ser distribuídas entre as fases, de modo a obter-se o maior equilíbrio possível. 

Considerando os itens da normas citados até aqui temos esta divisão da instalação:

Tabela

Descrição gerada automaticamente

 
Observe na imagem abaixo que considerando a equalização de potência por fase veja como ficou em nosso projeto:

Fase 1

Fase 2

Circuito 1

400 VA

Circuito 4

600 VA

Circuito 2

300 VA

Circuito 5

800 VA

Circuito 3

1900 VA

Circuito 6

1200 VA

Circuito 7

3400 VA

Circuito 7

3400 VA

Circuito 8

1625 VA

Circuito 8

1625 VA

7325 VA

7625 VA

 
Tivemos desta forma um resultado excelente onde a potência elétrica ficou exatamente a mesma por fase.
O próximo passo agora é começar a planejar a distribuição dos pontos na planta baixa da residência e entender como será a distribuição de condutores ao longo dos cômodos desta residência.
No próximo artigo falaremos exatamente desta distribuição e finalizaremos a distribuição de circuitos compondo o diagrama elétrico unifilar desta nossa instalação elétrica.

 

 

Projetos Elétricos Residenciais – Aula 3 de 4

·       julho 29, 2013

·        Autônomo

·        67 comentários

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Neste nosso terceiro artigo vamos realizar o dimensionamento da demanda instalada de acordo com a Norma NBR 5410.

Para isto utilizaremos os conceitos abordados nos dois primeiros artigos que publicamos anteriormente, você ainda se lembra deles? O primeiro foi a apresentação do projeto com a planta baixa e respectivas dimensões, acesse aqui o artigo.

Já no segundo artigo falamos sobre a Norma NBR5410 e a visão desta em relação a determinação de área e perímetro, inclusive realizamos os cálculos de área e perímetro para os cômodos cujo quais iremos estimar a potência de tomadas e iluminação.

Se você ainda não leu este artigo aconselho que o faça, tratamos sobre a determinação potência de iluminação e tomadas, se você ainda não leu este artigo recomento que o faça antes de iniciarmos, acesse aqui.

 

Dentro do assunto de dimensionamento de instalações elétrica, o dimensionamento da demanda é algo muito, mas muito importante mesmo, pois a partir deste é que solicitaremos o ponto de entrega da energia elétrica pela concessionária de energia, vamos então entender do princípio…

Determinação de potência de iluminação e tomadas para instalação elétrica residencial

Eu gostaria de começar este ponto observando que o dimensionamento da iluminação deve ser seguido de acordo com o que veremos aqui, no entanto, a própria  NBR5410 adverte que os valores indicados são para efeito de dimensionamento dos circuitos, não havendo qualquer vínculo, portanto, com potência nominal de lâmpadas. Falo isso porque muitos acabam questionando os valores encontrados, as vezes parece não refletir a realidade.

iluminação e tomada

ILUMINAÇÃO

Vamos então começar com os detalhes da Norma em relação ao dimensionamento de iluminação, temos Na NBR 5410 os seguintes dizeres:

9.5.2.1.1

Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo no teto, comandado por interruptor.

9.5.1.2

b) em cômodo ou dependências com área superior a 6 m², deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de 60 VA para cada aumento de 4 m² inteiros.

TOMADAS DE USO GERAL (TUG’S)

Antes de iniciarmos devemos ter em mente que o dimensionamento de tomadas que aplicaremos a partir da técnica abaixo descrita, aplica-se para Tomadas de Uso Geral, também chamadas de TUG’s. Estas tomadas são na verdade as tomadas que utilizaremos de forma aleatória em nossa instalação, ou seja, as tomadas que não possuem um equipamento específico a ser instalado naquele ponto.

Para tomadas de uso geral (TUG’s) devemos resgatar alguns conceitos de diferentes área que iremos abordar em nosso dimensionamento

9.5.2.2 Pontos de tomada

9.5.2.2.1 Número de pontos de tomada O número de pontos de tomada deve ser determinado em função da destinação do local e dos equipamentos elétricos que podem ser aí utilizados, observando-se no mínimo os seguintes critérios:

a. Em banheiros, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada, próximo ao lavatório, atendidas as restrições de 9.1;

b. Em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de serviço, lavanderias e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada para cada 3,5 m, ou fração, de perímetro, sendo que acima da bancada da pia devem ser previstas no mínimo duas tomadas de corrente, no mesmo ponto ou em pontos distintos;

c. Em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada; Admite-se que o ponto de tomada não seja instalado na própria varanda, mas próximo ao seu acesso, quando a varanda, por razões construtivas, não comportar o ponto de tomada, quando sua área for inferior a 2 m2 ou, ainda, quando sua profundidade for inferior a 0,80 m.

d. Em salas e dormitórios devem ser previstos pelo menos um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, devendo esses pontos ser espaçados tão uniformemente quanto possível;

Particularmente no caso de salas de estar, deve-se atentar para a possibilidade de que um ponto de tomada venha a ser usado para alimentação de mais de um equipamento, sendo recomendável equipá-lo, portanto, com a quantidade de tomadas julgada adequada.

e. Em cada um dos demais cômodos e dependências de habitação devem ser previstos pelo menos:

Tendo em vista que nosso projeto de dimensionamento tem com base uma planta baixa de quatro cômodos + banheiro + Varanda e as dimensões já calculadas no Artigo 2, iniciaremos com o dimensionamento dos cômodos baseado na tabela a seguir:

Antes de continuar certifique-se de ja ter lido os outros dois artigos que compões esta série, selecione abaixo o artigo que deseja:

Parte 1 – Planta Baixa

Parte 2 – Área e Perímetro

Dimensionamento da iluminação e tomadas da sala

Potência de Iluminação

Teremos 100VA de potência de iluminação na Sala

Como a própria Norma menciona, utilizaremos como fator determinante no dimensionamento de iluminação a área da Sala que é representada por 8,64m², sendo assim os primeiros 6m² determina 100VA de iluminação e os 2,86m² restantes por não completar 4m² não se faz necessário contabilizarmos o acréscimo de 60VA.

Vale lembrar que estamos considerando as recomendações de dimensionamento onde a norma defini o valor mínimo de potência a ser dimensionada, nada impede de você acrescer, por exemplo, mais 60VA em relação a parcial de 2,86m² restantes da área da sala.

Pontos de Tomada de Uso Geral – TUG

Para o perímetro da sala com dimensão de 11,8m e conhecendo que este ambiente possuirá como base de cálculos a divisão dos pontos de tomadas em uma extensão de  5 metros no perímetro deste ambiente, calculando teríamos o seguinte: Tomadas Sala

O resultado 2,36 representa para nós a instalação de três pontos, uma vez que a norma indica que será considerado um ponto a cada cinco metros (2) mais fração (0,36).

No entanto a Norma NBR5410 deixa claro que no caso em particular deste cômodo (sala) deve-se considerar o mínimo calculado ou a quantidade de equipamentos que será utilizado/instalado neste cômodo, sendo assim, consideraremos na sala de nosso projeto um ponto de tomada para cada parede, ou seja, quatro pontos no total.

iluminação sala

Dimensionamento da iluminação e tomadas da cozinha

Potência de Iluminação

Na Cozinha, 100VA de potência de iluminação

Como podemos observar a cozinha possui uma área de 8,12m² e a previsão de potência de iluminação deverá ficar próximo ou idêntica do que consideramos para a sala, sendo assim temos: Para os primeiros 6m² da cozinha consideraremos 100VA e os 2,12m², por não completar os 4m² adicionais, permite que não seja adicionado mais 60VA na potência prevista a este ambiente.

Potência das Tomadas de Uso Geral – TUG

Considerando que a norma define para a cozinha a necessidade de dimensionarmos uma tomada a cada 3,5 metros e que em nosso projeto temos um perímetro de 11,40m, possuiremos como resultado uma quantidade de 4 tomadas de uso geral localizadas na cozinha já que o cálculo resulta em um valor igual a 3,25m.

A norma NBR5410 define para este ambiente uma quantidade de 4 tomadas sendo  3 tomadas definidas no cálculo (3,)  + 1 tomada em função da fração de 0,25. Observe que a norma define a quantidade mínima, nada impede de ser adicionados pontos adicionais.

 

dimensionamento tomadas cozinha

É importante que tenha sempre em mente a NBR5410 e no caso da cozinha temos que considerar as três primeiras tomadas sendo de 600VA e as demais de 100VA, portanto teremos 3 tomadas de 600VA e um de 100 VA prevista para este cômodo.

Tomadas de Uso Específico – TUE

Para este ambiente consideraremos que será utilizado um ponto de torneira elétrica, com base em pesquisa que realizamos, uma torneira elétrica pode ser considerada com uma potência média de 3250W (segundo a Eletrobras).

Poderíamos considerar outros consumidores como por exemplo um forno elétrico ou mesmo um forno microondas de potência superior a 1200VA mas para TUE’s deste cômodo teremos em nosso projeto somente esta torneira.

iluminação cozinha

Dimensionamento da iluminação e tomadas do quarto 1

Potência de Iluminação

No Quarto 1, 100VA de potência de iluminação

Baseado nas condições estabelecidas para o dimensionamento da sala iremos agora determinar a potência de iluminação e tomadas do quarto n° 1. Para isto podemos observar que a norma NBR5410 define para a potência de iluminação um valor definido para este ambiente como sendo de 100VA uma vez que a área do quarto n°1 é de 9,05m² e consideramos 100VA para os primeiros 6m² e os demais 3,05m² não definem a quantidade mínima para o acréscimo de potência de iluminação adicional.

Potência de Tomadas de Uso Geral – TUG

É compreensível através da NBR5410 que o dimensionamento das tomadas do quarto seguem o mesmo padrão das tomadas da sala e para tanto podemos definir que, no mínimo, a cada cinco metros de perímetro teremos um ponto de tomada. Neste cômodo possuímos um perímetro de 12,1m.

pontos de tomadas quarto 1

Podemos observar que o resultado de nosso cálculo foi de 2,42 que resulta em dois pontos de tomadas definidos pelo cálculo (2,) e outro ponto de tomada definido pela parcial representada pelo valor 0,42, sendo assim teríamos três pontos de tomadas, no entanto, a norma NBR5410 deixa bem claro que este cálculo define um número mínimo, consideraremos então um ponto por parede, logo, este cômodo contará com 4 pontos de tomadas de uso geral.

quarto 1

Dimensionamento da iluminação e tomadas do quarto 2

Potência de Iluminação

No quarto 2, 100VA de potência de iluminação

Neste cômodo você poderá perceber que todo os fatores adotados para o seu dimensionamento será idêntico ao que tivemos para o Quarto 1, como podemos observar as dimensões destes cômodos são bastante semelhantes.

Observe que a área deste ambiente é de 6,70m² e a potência de iluminação também será de 100VA definida pela NBR5410, onde para os primeiros seis metros quadrados teremos esta potência.

Potência de Tomadas de Uso Geral – TUG

A lógica adotada para o dimensionamento da quantidade de pontos de tomadas de uso geral neste ambiente será idêntico ao quarto 1 e por isto temos o seguinte:

Conhecemos o perímetro do quarto 2 correto? É de 10,40m e através do cálculo podemos deduzir que possuiremos um resultado de 2,08 e este valor refletiria em dois pontos de tomadas que se torna, talvez, algo inviável uma vez que em qualquer quarto a ideia é ter um televisor, um abajur e dependendo de quem vai usufruir deste cômodo pode existir a necessidade de um videogame, dvd entre outros. Sendo assim adotaremos para este quarto também um ponto de TUG (Tomada de Uso Geral) para cada parede, logo, quatro pontos.

 

tomadas quarto 2

dimensionamento quarto 2

Dimensionamento da iluminação e tomadas do banheiro

Potência de Iluminação

No banheiro, 100VA de potência de iluminação

Considerando que nosso banheiro possui uma área de 2,34m² teremos que prever uma potência mínima de 100VA como segue na norma NBR5410. Lembre-se que em muito dos casos temos a iluminação do armário do lavatório além da iluminação de teto normal.

Potência das Tomadas de Uso Geral – TUG

É de conhecimento que no banheiro, tomadas de uso geral temos normalmente um único ponto, no entanto, lembre-se que este ponto de tomada é comumente utilizado para aparelhos de potência elevadas, correto? Vou provar para você! Onde é que é utilizado a prancha de alisar cabelo (famosa Chapinha) ou mesmo o secador de cabelo? É, estes equipamentos que prometem transformar a “mulherada” são consumidores agressivos da energia elétrica.

Neste caso então, consideraremos um único ponto de tomada de uso geral, porém, neste nosso projeto em execução irei propor uma potência de 1200VA para esta TUG já que a potência máxima para TUG estipulada na NBR4510 é deste valor.

Potência de Tomadas de Uso Específico – TUE

Sabendo da atual tendência de possuir em casa um chuveiro de maior potência, vamos considerar que neste ambiente será instalado um chuveiro de uma potência de 6800W.

banheiro

Dimensionamento da iluminação e tomadas da varanda

Potência de Iluminação

Na Varanda, 100VA de potência de iluminação

Para este ambiente levamos em consideração sua área de 9m² e por isso a potência de iluminação será novalor de 100VA como prevê a norma NBR5410, lembre-se que em ambientes como este pode ocorrer de possuirmos iluminações diferenciadas como por exemplo lâmpadas Halógenas em refletores ou algo parecido, neste caso deve-se considerar a potência destes equipamentos.

Tomadas de Uso Geral – TUG

Como a NBR5410 sugere, neste cômodo deve ser previsto pelo menos um ponto de Tomada de Uso Geral considerando este com 100VA, consideraremos.

varanda

Dimensionamento da iluminação e tomadas do hall

Iluminação e Tomadas de Uso Geral (TUG)

No Hall, 100VA de potência de  Iluminação

Primeiramente observamos que o hall é, na verdade, a parte da casa que interliga os cômodos, ou seja, o ponto responsável pelo acesso de vários ambientes.

Como este local possui somente 1,08m² consideraremos uma potência mínima de 100VA como solicita a NBR5410. Também consideraremos aqui um único ponto de Tomadas de Uso Geral .

hall

Visão geral do dimensionamento

Agora que já temos a potência de todos os cômodos podemos agrupar todos em uma tabela separando cada potência por ambiente e tipo de potência a ser considerada. Veja a tabela abaixo com todos os dados levantados anteriormente.

Tabela

Descrição gerada automaticamente

 

 A partir de agora podemos mobilizar o cálculo de demanda de nosso instalação já que será necessário exatamente estes valores acima mencionados, no próximo artigo desta série faremos este cálculo, não percam os próximos artigos, para manter-se informados de nossas publicações e ser o primeiro a receber nossos artigos assinem nosso Feed.

Até a próxima, caso você ainda não viu os dois primeiros artigos, você pode conferir abaixo:

Parte 1 – Planta Baixa

Parte 2 – Área e Perímetro