O CICLO DE VIDA ÚTIL DE EQUIPAMENTOS

A manutenção é uma das etapas que permitem determinar e estender o ciclo de vida útil de equipamentos.

O ciclo de vida de um equipamento começa desde o momento em que ele é solicitado junto ao setor de compras até a desativação do serviço.

As quatro fases do ciclo de vida útil:

1) AQUISIÇÃO

Esse equipamento contribui com a produtividade e a qualidade da linha de produção de uma empresa? Sim ou Não.

Se sim, então

Analisar as necessidades da operação e estabelecer as especificações do requisito de cada equipamento.

2) IMPLANTAÇÃO

Monitorar as operações de implementação do equipamento na planta industrial

Monitorar os avanços do projeto:

·        Intervenções do prestador de serviço na entrega e instalação;

·        Monitoramento do tempo gasto pela equipe interna no projeto;

·        Custo de pedidos no ERP; (Engineering Planning Request - Pedido de planejamento de engenharia)

·        Custos de peças de reposição utilizadas na implementação do projeto...

Criar a documentação técnica para o equipamento e programar os períodos de intervenções para manutenção que ajudam a garantir a uma longa vida útil de equipamentos em uma indústria – seja ela preditiva, preventiva ou corretiva.

3) OPERAÇÃO

O período de lançamento e a fase de utilização do equipamento. Um bom conhecimento do equipamento permite iniciar a implementação de um processo de melhoria contínua e adaptar o funcionamento do equipamento de acordo com vários feedbacks técnicos e análise de dados.

Ampliar o ciclo de vida útil de equipamentos investindo em uma política de treinamentos para os funcionários responsáveis por operar o maquinário.

Treinamento eficaz ajuda a reduzir o risco da falha humana.

Verificar se o ciclo de vida útil de equipamentos apresenta algumas falhas ou necessidades de reparos.

Provisionar algum tipo de operação de manutenção (corretiva, preventiva ou preditiva).

Observação- a manutenção preditiva proporciona uma maior eficiência econômica para a empresa, já que permite programar o período de parada – evitando prejuízos com falhas na operação de produção, não impacta o orçamento de surpresa e garante o nível de produtividade necessário sem impactar drasticamente as operações da empresa.

Avaliar o desenvolvimento do equipamento, em termos de custos de manutenção (mão de obra interna e externa, custos de peças de reposição usadas).

Responder a uma pergunta comum durante o ciclo de um equipamento a qualquer momento:

Devo continuar mantendo este maquinário ou é chegada a hora de investir em uma nova máquina?

4) DESATIVAÇÃO

Existe um momento do ciclo de vida útil de equipamentos em que é preciso analisar os investimentos em manutenção e avaliar se não é o caso de substituir a máquina.

O gerenciamento do ciclo de vida é uma parte importante tanto do processo de aquisição quanto de desativação. Ele também determina como obter o melhor valor de um novo equipamento. E contar com um programa eficaz de manutenção faz toda a diferença.

2-COMO A MANUTENÇÃO INDUSTRIAL PODE FAZER COM QUE SEUS EQUIPAMENTOS TRABALHEM MAIS

A manutenção industrial visa maximizar a vida útil de uma máquina ao realizar uma série de ações necessárias para manter ou restaurar um componente, peça ou até mesmo a máquina inteira.

Sendo imprescindível em um mercado cada vez mais competitivo, a manutenção industrial é um “fator-chave” na estratégia de qualquer empreendimento que quer ter o máximo de eficiência em seus serviços aliado a excelência no custo-benefício.

Dentro deste conceito, podemos subdividi-la em seis categorias:

1.   Manutenção corretiva não planejada – Quando um componente ou o equipamento falha ou apresenta uma diminuição significativa de desempenho de modo não esperado.

2.   Manutenção corretiva planejada – quando a máquina começa a demonstrar os primeiros sinais de que seu desempenho está reduzindo, ou que uma falha pode vir a ocorrer, há um planejamento para que a manutenção seja realizada.

3.   Manutenção preventiva – Como o próprio nome diz, visa prevenir falhas ao adotar uma série de medidas periódicas.

4.   Manutenção preditiva – Considerada a mais moderna e uma das mais eficientes no ramo da manutenção industrial, a manutenção preditiva atua na inspeção rotineira de equipamentos para identificação de irregularidades que podem vir a dar problema. Por essa razão vem o nome “preditiva”, de prever, já que é possível prever uma futura falha e evitá-la.

5.   Manutenção Detectiva – Busca detectar falhas ocultas ou não perceptíveis.

6.   Engenharia da manutenção – Considerada uma evolução da manutenção industrial, neste o engenheiro aplica as técnicas mais modernas e segue benchmarks.

3-PRIORIDADES E ORDEM DA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL

·        Emergencial: Quando um defeito pode trazer riscos a operação ou ao trabalhador, e neste caso deve se aplicar a manutenção corretiva imediatamente.

·        Crítico:  Pode ser programada e executada no período de uma semana. Faz parte o plano de manutenção preventiva.

·        Normal: Utilizada em manutenções a serem planejadas a partir de 7 dias da emissão. Neste caso, a manutenção preditiva.

Definir o planejamento e as prioridades, é necessário avaliar a ordem de trabalho a ser executado. Esta contém campos para registro e apropriação dos recursos e execução do serviço, podendo ser:

·        Corretiva: Utilizada para serviços emergenciais onde a execução precisa ser imediata. Não há planejamento.

·        Planejada: Parte do plano da já citada manutenção preventiva ou quando o serviço é solicitado pelo cliente.

·        Rota: Utilizada somente para planos de manutenção.

·        Parada Geral: Semelhante a ordem planejada, essa é utilizada para serviços a serem realizados em paradas setoriais ou totalmente.

4-QUAL A MANUTENÇÃO QUE DEVO ADOTAR EM MINHA EMPRESA?

Manutenção Eletromecânica

Uma máquina industrial apresentou um defeito. O operador chamou a manutenção mecânica, que solucionou o problema.

Indagado sobre o tipo de defeito encontrado, o mecânico de manutenção disse que estava na parte elétrica, mas que ele, como mecânico, conseguiu resolver.

Máquinas eletromecânicas

Máquinas eletromecânicas são combinações de engenhos mecânicos com circuitos elétricos e eletrônicos capazes de comandá-los. Defeitos nessas máquinas tanto podem ser puramente mecânicos como mistos, envolvendo também a parte eletromecânica, ou então puramente elétricos ou eletrônicos. Com três áreas tecnológicas bem distintas nas máquinas, uma certa divisão do trabalho de manutenção é necessária. empresas que mantém os mecânicos de manutenção, os eletricistas e os eletrônicos em equipes separadas. É interessante notar que a boa divisão do trabalho só dá certo quando as equipes mantem constantes a troca de informação e ajuda mútua. Para facilitar o diálogo entre as equipes, é bom que elas conheçam um pouco das outras áreas.

Um técnico eletrônico com noções de mecânica deve decidir bem melhor quanto à natureza de um defeito do que aquele desconhecedor da mecânica. O mecânico com alguma base eletrônica tanto pode diferenciar melhor os defeitos como até mesmo resolver alguns problemas mistos.

Conhecimentos sobre tensão, corrente e resistência elétricas são imprescindíveis para quem vai fazer manutenção em máquinas eletro mecatrônicas.

           Tensão Elétrica (U)

É a força que alimenta as máquinas. A tensão elétrica é medida em volt (V). As instalações de alta tensão podem atingir até 15.000 volts. As mais comuns são as de 110V, 220V e 380V. Pode ser contínua (a que tem polaridade definida) ou alternada.

           Corrente elétrica (I)

É o movimento ordenado dos elétrons no interior dos materiais submetidos a tensões elétricas. A corrente elétrica é medida em ampère (A). Sem tensão não há corrente, e sem corrente as máquinas elétricas param. A corrente elétrica pode ser contínua (CC) ou alternada (CA).

           Resistência Elétrica (R)

É a oposição à passagem de corrente elétrica que todo material oferece. Quanto mais resistência elétrica, menos corrente. Máquinas elétricas e componentes eletrônicos sempre apresentam uma resistência característica. A medida da resistência, cujo valor é expresso em ohm, é um indicador da funcionalidade das máquinas e de seus componentes.

·       Aparelhos Elétricos

Os aparelhos elétricos mais utilizados na manutenção eletromecânica são: voltímetro, amperímetro, ohmímetro, multímetro e osciloscópio. Os aparelhos elétricos podem ser digitais ou dotados de ponteiros. Os dotados de ponteiros são chamados de analógicos.

           Voltímetro

É utilizado para medir a tensão elétrica tanto contínua (VC) quanto alternada (VA)

           Amperímetro

É utilizado para medir a intensidade da corrente elétrica (CC) e alternada (CA)

           Ohmímetro

É utilizado para medir o valor da resistência elétrica

           Multímetro

Serve para medir a tensão, a corrente e a resistência elétrica

           Osciloscópio

Permite visualizar gráficos de tensões elétricas variáveis e determinar a frequência de uma tensão alternada

·       Medidas Elétricas

Para se medir a tensão, a corrente e a resistência elétricas com o uso de aparelhos elétricos, devem ser tomadas as seguintes providências:

            Escolher o aparelho com a escala adequada

            Conectar os fios ao aparelho

            Conectar as pontas de prova em pontos distintos do objeto em análise

           Medida de tensão

A medida de tensão elétrica é feita conectando as pontas de prova do aparelho aos dois pontos onde a tensão aparece. Por exemplo, para se medir a tensão elétrica de uma pilha com um multímetro, escolhe-se uma escala apropriada para medida de tensão contínua e conecta-se a ponta de prova positiva (geralmente vermelha) ao polo positivo da pilha, e a ponta negativa (geralmente preta) ao polo negativo.

Em multímetros digitais o valor aparece diretamente no mostrador. Nos analógicos, deve-se observar o deslocamento do ponteiro sobre a escala graduada para se determinar o valor da tensão.

Nas medidas de tensão alternada, a polaridade das pontas de prova não se aplica.

           Medida de corrente

A corrente elétrica a ser medida deve passar através do aparelho. Pra isso, interrompe-se o circuito cuja corrente deseja-se medir: o aparelho entra no circuito, por meio das duas pontas de prova, como se fosse uma ponte religando as partes interrompidas. Em sistemas de corrente contínua, deve-se observar a polaridade das pontas de prova.

Em circuitos de alta corrente, muitas vezes é inconveniente e perigosa a interrupção do circuito para medições. Em casos assim, faz-se uma medição indireta, utilizando-se um modelo de amperímetro, denominado “alicate”, que abraça o condutor percorrido por corrente. O aparelho capta o campo eletromagnético existente ao redor do condutor e indica uma corrente proporcional à intensidade do campo.

           Medida de resistência

As medidas de resistência devem ser feitas, sempre, com o circuito desligado, para não danificar o aparelho. Conectam-se as pontas de prova do aparelho aos dois pontos onde se deseja medir a resistência.

O aparelho indica a resistência global do circuito, a partir daqueles dois pontos. Quando se deseja medir a resistência de um componente em particular, deve-se desconectá-lo do circuito.

Pane Elétrica

Diante de uma pane elétrica, deve-se verificar primeiramente a alimentação elétrica, checando a tensão da rede e, depois, os fusíveis.

Os fusíveis são componentes elétricos que devem apresentar baixa resistência à passagem da corrente elétrica. Intercalados nos circuitos elétricos, eles possuem a missão de protegê-los contra as sobrecargas de corrente.

De fato, quando ocorre uma sobrecarga de corrente que ultrapassa o valor da corrente suportável por um fusível, este “queima”, interrompendo o circuito.

Em vários modelos de fusível, uma simples olhada permite verificar suas condições. Em outros modelos é necessário medir a resistência.

Em todos os casos, ao conferir as condições de um fusível, deve-se desligar a máquina da rede elétrica.

Fusível “queimado” pode ser um sintoma de problema mais sério. Por isso, antes de simplesmente trocar um fusível, é bom verificar o que ocorreu com a máquina, perguntando, olhando, efetuando outras medições e, se necessário, pedir auxílio a um profissional especializado na parte elétrica.

Resistência, aterramento e continuidade

           Resistência de entrada

A resistência elétrica reflete o estado geral de um sistema.

Podemos medir a resistência geral de uma máquina simplesmente medindo a resistência a partir dos seus dois pontos de alimentação. Em máquinas de alimentação trifásica, mede-se a resistência entre cada duas fases por vez. Essa resistência geral é denominada de resistência de entrada na máquina.

Qual a resistência elétrica de entrada de uma máquina em bom estado? Esta pergunta não tem resposta direta. Depende do tipo de máquina, porém, duas coisas podem ser ditas.

           1. Se a resistência de entrada for zero, a máquina está em curto-circuito. Isto fatalmente levará à queima de fusível quando ligada. Assim é natural que o curto-circuito seja removido antes de ligar a máquina.

           Quando ocorre um curto-circuito, a resistência elétrica do trecho percorrido pela corrente é muito pequena, considerando que as resistências elétricas dos fios de ligação são praticamente desprezíveis. Assim, pela lei de Ohm, se U (tensão) é constante e R (resistência) tende a zero, necessariamente I (corrente) assume valores elevados. Essa corrente é a corrente de curto-circuito.

           Um circuito em curto pode se aquecer exageradamente e dar início a um incêndio. Para evitar que isso ocorra, os fusíveis do circuito devem estar em bom estado para que, tão logo a temperatura do trecho “em curto” aumente, o filamento do fusível funda e interrompa a passagem da corrente.

           2. Se a resistência de entrada for muito grande, a máquina estará com o circuito de alimentação interrompido e não funcionará até que o defeito seja removido.

           Vimos a importância da medida da resistência na entrada de alimentação elétrica. No caso em que a resistência for zero, podemos dizer ainda que a máquina está sem isolamento entre os pontos de alimentação.

        Aterramento

Instalações elétricas industriais costumam possuir os fios “fase”, “neutro” e um fio chamado de “protetor elétrico (terra)”. Trata-se de um fio que de fato é ligado à terra por meio de uma barra de cobre em área especialmente preparada.

O fio neutro origina-se de uma ligação à terra no poste da concessionária de energia elétrica. A resistência ideal entre neutro e terra deveria ser zero, já que o neutro também se encontra ligado à terra, mas a resistência não é zero.

Até chegar às tomadas, o fio neutro percorre longos caminhos. Aparece uma resistência entre o neutro e terra, que todavia não deve ultrapassar 3 ohms, sob pena de o equipamento não funcionar bem. Assim, um teste de resistência entre neutro e terra pode ser feito com ohmímetro, porém, sempre com a rede desligada.

O fio protetor elétrico (terra) sempre cumpre uma função de proteção nas instalações. As carcaças dos equipamentos devem, por norma, ser ligadas ao fio protetor elétrico (terra). Assim a carcaça terá sempre um nível de tensão de zero volts, comparado com o chão em que pisamos. Nesse caso, dizemos que a carcaça está aterrada, isto é, está no mesmo potencial elétrico que a terra.

Opostamente uma carcaça desaterrada, pode receber tensões elétricas acidentalmente (um fio desencapado no interior da máquina pode levar a isto) e machucar pessoas. Por exemplo, se alguém tocar na carcaça e estiver pisando no chão (terra), fica submetido a uma corrente elétrica (lembre-se de que a corrente circula sempre para o neutro, isto é, para a terra) levando um choque, que poderá ser fatal, dependendo da intensidade da corrente e do caminho que ela faz ao percorrer o corpo.

O isolamento entre a carcaça dos equipamentos e o protetor elétrico (terra) pode ser verificada medindo-se o valor da resistência que deve ser zero. Nas residências, é sempre bom manter um sistema de aterramento para aparelhos como geladeiras, máquinas de lavar e principalmente chuveiros. Um chuveiro elétrico sem aterramento é uma verdadeira cadeira elétrica.

            Continuidade

Outros problemas simples podem ser descobertos medindo a resistência dos elementos de um circuito. Por exemplo, por meio da medida de resistência, podemos descobrir se há mau contato, se existe um fio quebrado ou se há pontos de oxidação nos elementos de um circuito. Resumindo, para se saber se existe continuidade em uma ligação, basta medir a resistência entre as duas pontas. Este procedimento é recomendado sempre que se tratar de percursos não muito longos.

Elementos Eletrônicos

           Blocos Eletrônicos

Blocos são conjuntos de circuitos eletrônicos e as máquinas que possuem eletrônica embutida, em geral possuem estes blocos bem distintos.

Em quase todas as máquinas aparece um bloco chamado fonte. A fonte converte a tensão elétrica alternada da rede, em tensões apropriadas para o funcionamento dos outros blocos eletrônicos

Se tivermos acesso à fonte, podemos medir as tensões que ela fornece diretamente no seu conector de saída. Nesse caso, procuramos o protetor elétrico (terra) da fonte, que pode estar sinalizado, ou então medir as tensões em relação à carcaça do aparelho.

A seguir comparamos os valores medidos com os especificados na própria fonte ou em sua documentação. Se houver diferenças nos valores, dois problemas podem estar ocorrendo: ou a fonte está com problemas ou então ela não está suportando a ligação com os outros blocos.

Para saber se a fonte está com defeito, deve-se desconectá-la dos outros blocos e verificar se as diferenças persistem. Se a fonte não estiver suportando a ligação com os outros blocos, ao ser desconectada as tensões voltam ao normal. O defeito, em suma, pode estar na fonte como em alguns dos blocos.

           Placas de Controle

São placas de fibra de vidro ou fenolite, nas quais se imprimem trilhas de material condutor, geralmente cobre, para ligações de circuitos. Os componentes eletrônicos, discretos e integrados, são soldados e ficam imóveis na placa. Alguns componentes podem ser colocados por meio de soquetes. As placas de controle podem estar soqueteadas em gabinetes, armários etc. formando um módulo de controle.

Placas de controle funcionam com baixa tensão (3.3V, 5V, 12V tipicamente) podendo ter valores positivos ou negativos. Formam a parte inteligente de um ciclo realimentado com servomotores, por exemplo. Quando não vão bem, todo o sistema vai mal.

A manutenção das placas de controle começa com a verificação das tensões e das conexões. Maus contatos entre as placas e seus conectores são sanados facilmente, bastando retirar as placas e limpar seus pontos de contato com borracha de apagar lápis. Depois é só recolocá-las no lugar.

Se componentes soqueteados apresentarem problemas, basta retirá-los dos soquetes, limpar seus terminais e recolocá-los novamente nos respectivos soquetes.

           Placas de Acionamento

São as placas que contém os circuitos eletrônicos que vão trabalhar com correntes mais altas. Os componentes típicos nestas placas são:

-   Transistores mais empregados em acionamentos com corrente contínua

-   Tiristores (SRC, DIAC, TRIAC) usados em acionamentos com correntes contínua e alternada

-   Circuitos integrados são digitais ou analógicos, de baixa ou alta potência

-   Resistores de potência são normalmente de tamanho grande

As placas de acionamento podem estar soqueteadas em gabinetes, armários etc. formando um módulo de acionamento.

A função das placas de acionamento é fornecer as formas de onda e os valores adequados de tensão para fazer as cargas funcionarem bem. Quando não operam adequadamente, as cargas apresentam alguma anormalidade: motores podem disparar, desandar, parar...

Um módulo de acionamento possui, pelo menos três conexões:

-   Com a fonte

-   Com as placas de controle

-   Com as cargas e o sistema de acionamento, se houver.

As tensões de alimentação, bem como a continuidade das conexões de um módulo de acionamento, podem ser verificadas facilmente.

           Motores Elétricos

As máquinas elétricas responsáveis pelo movimento são os motores elétricos. Recebem energia elétrica e a convertem em energia mecânica que fica disponível em seu eixo.

Os motores elétricos, quanto à forma de corrente, classificam-se em:

-   Motores CC

-   Motores CA monofásicos

-   Motores CA trifásicos

-   Motores universais para CA e CC

Quanto ao movimento, os motores elétricos classificam-se em:

-   Motores síncronos (com velocidade proporcional à frequência da rede)

-   Motores assíncronos (com velocidade variável de acordo com a carga movimentada)

-   Motores de passo (de corrente contínua que gira um passo a cada troca correta nas correntes em seus enrolamentos estatores)

-   Servomotores (com sensoriamento acoplado ao eixo)

Antes de qualquer ação da manutenção em um motor, deve-se verificar o tipo de corrente que o alimenta e como se dará seu movimento.

Em geral, todo motor elétrico possui um rotor (elemento girante) e um estator (elemento estático). A corrente elétrica é aplicada aos enrolamentos do estator e flui também nos enrolamentos do rotor, exceto nos motores de passos cujos estatores não possuem enrolamento.

Podemos verificar as ligações entre os módulos de acionamento e medir as tensões de alimentação. A verificação do movimento do motor, se possível, deve ser feita com carga e sem carga.

           Sensoriamento

Os sistemas eletrônicos controlados possuem sensores. Os principais são:

-   De contato

-   De proximidade

-   De carga

-   De temperatura

-   Fotossensores

-   Encoders (em servomotores)

-   Resolvers (em servomotores)

O mau funcionamento de um sensor leva a falhas de acionamento. Pense num sistema com sensor de contato para indicar o fim de curso de um pistão hidráulico. Ora, se o sensor estiver com defeito, simplesmente o curso do pistão não é detectado, e uma sequência programada pode ser interrompida

Imagine um encoder que auxilie no controle de velocidade de um servomotor. Ora, se o encoder não fornecer os sinais eletrônicos proporcionais à velocidade do motor, este pode disparar, parar, trabalhar descontroladamente etc.

Em manutenção, as ligações elétricas entre os sensores e os demais dispositivos podem ser verificadas. Ensaios de simulação com sensores podem ser executados. Por exemplo, consideremos um fotosensor que capta a passagem de peças por uma esteira. Podemos efetuar uma simulação, introduzindo um objeto na esteira, e verificar a resposta elétrica medindo a tensão nos terminais do fotosensor diante desta situação. Isto é possível de ser feito porque todo sensor eletrônico fornece uma variação de tensão a partir de um estímulo externo por ele reconhecido.

           Sinalização

São módulos que procuram fornecer sinais úteis para o operador do equipamento ou mesmo para quem vai fazer a manutenção. Os sinais normalmente são luminosos ou sonoros.

Diversos equipamentos eletrônicos possuem programas internos de autodiagnóstico. Quando uma falha é detectada, o sistema informa, podendo também dar indicações de possíveis causas, como apontar a placa defeituosa.

Controladores Lógicos Programáveis (CLPs) possuem LEDs que indicam o estado das saídas (ligada/desligada). Tudo isto fornece pistas do que se passa com um sistema.

Os sistemas devem estar o mais possível livres de poeira, cavacos, fumaça e outros poluentes.

Os terminais metálicos dos fios, cabos ou conectores de ligação entre os módulos devem estar livres de oxidação

Fios, cabos e chicotes que de qualquer maneira se movimentam na máquina ou no sistema, devem ser revisados periodicamente, pois a continuidade da operação pode ser interrompida por causa da fadiga que o material condutor sofre com o tempo.

Em casos em que o problema seja crítico, as soldas dos componentes também devem ser revistas.

           “conselhos”

Quando se constata um defeito em um módulo, o melhor a fazer é substituí-lo por outro em bom estado. O módulo defeituoso deve ser levado para um laboratório, com os equipamentos necessários para o conserto.

Os módulos eletrônicos são reparados de duas maneiras:

-              Primeiro, pode-se medir as resistências elétricas de componentes suspeitos, comparar com os valores de um módulo bom e substituir os defeituosos. Tudo isto com o módulo desligado.

-   O segundo caminho consiste em ligar a alimentação e, de posse de esquemas elétricos do módulo – aqui se requer um conhecimento mais profundo de eletrônica – acompanhar as tensões elétricas ao longo dos circuitos até descobrir o(s) componente(s) causador(es) do defeito

 

De acordo com o manual da manutenção industrial escrito pelo professor Décio Martins Pereira, a manutenção corretiva é um tipo de manutenção incorreta e que deve ser evitada para não resultar em prejuízos econômicos.

“Suponhamos que o parafuso não foi feito com o aço adequado, nessas condições vai quebrar muitas vezes, retirando o equipamento de operação, causando atrasos na produção (…) Apesar de ser incorreto, este tipo de manutenção é muito praticado, devido a falta de pessoal técnico qualificado”.

Por outro lado, Martins Pereira defende que a manutenção preditiva é o sistema mais completo e correto de se usar na manutenção.

“As indústrias que utilizam com sucesso a manutenção preventiva, podem aplicar a manutenção preditiva, que se constitui no mais completo e correto sistema de manutenção. Nesse sistema, com auxílio de equipamentos, detectores mais sofisticados, pode-se determinar se está na hora de abrir a máquina e trocar um componente, antes que venha a falhar”.

A IMPORTÂNCIA DO FLUXOGRAMA

Fundamental para qualquer tipo de manutenção industrial, em especial na preditiva, o fluxograma precisa mapear todos os equipamentos, constando as respectivas datas e frequências junto de localizações e códigos de identificações.

Ele nada mais é que uma representação com símbolos gráficos para descrever todos os passos de um processo. Quando todo o “fluxo” é colocado de modo visual, fica muito mais fácil entender as informações e o que deve ser feito para inspecionar os equipamentos.

Após o plano de rota ser estabelecido, a periodicidade e as atividades pertinentes devem ser colocadas no fluxograma. Logo em seguida, elas devem ser executadas, e durante este período, é comum que se encontre anomalias. Caso isso ocorra, o processo segue como uma manutenção planejada: são geradas notas, que se transformarão em ordem, que depois se tornará o plano de trabalho.

COMO O CHECKLIST PREVENTIVO PODE APRIMORAR O PROCESSO DE MANUTENÇÃO?

Nos últimos anos a manutenção preventiva, sobretudo no setor industrial, tem sido auxiliada por métodos de manutenção preditiva, como a análise de vibração, termografia, medição de espessura, entre outras técnicas.

Justamente por essa razão é fundamental elaborar um checklist preventivo daquilo que precisa ser verificado em cada equipamento. A checagem possibilita levantar informações e o status atual das máquinas em questão.

A elaboração de um checklist é um dos passos fundamentais para a definição de um plano de manutenção preventiva por parte da empresa. É por meio dele que se torna possível entender como o equipamento funciona, quais falhas ele costuma apresentar, quando, como e porque isso acontece.

Com o checklist já formado, passa a ser possível criar uma rotina, um programa de inspeção para monitoramento, correção de eventuais problemas e substituição de peças.

Lembre-se: anotar as demandas é só o início da tarefa. Com o passar do tempo, torna-se fundamental acompanhar as mudanças e avaliar a melhoria nos resultados. É a partir de um checklist bem definido que são traçadas as rotinas de ação para substituição e conserto de peças ou equipamentos.

CRIANDO UM CHECKLIST DO ZERO

Criar um plano de manutenção preventiva, a partir de um checklist organizado, é uma das medidas que pode reduzir os custos operacionais da empresa e aumentar a produtividade da equipe.

Sondagem inicial

Mas como criar um bom checklist? Tudo começa com o levantamento de informações. É preciso saber quais máquinas estão funcionando, quais os problemas que estão limitando a produção, quais os aparelhos vitais para a produção da empresa, entre outros detalhes.

Plano de ação

Criar o checklist de manutenção é uma ação fundamental para ajudar no planejamento de manutenção preventiva. Esse processo garante que todos os passos foram dados corretamente para que os procedimentos a serem realizados garantam a qualidade e o bom funcionamento do maquinário.

Levantamento dos custos

Elaborar um orçamento é fundamental para nortear as ações. É ideal que ele contemple todos os gastos, envolvendo logística e operação, para o conserto e/ou substituição de máquinas danificadas.

Além de novas peças e materiais a serem utilizados, é importante contabilizar a adesão temporária de colaboradores ou softwares necessários para concluir a tarefa.

A importância do cronograma

Aprovados os custos, é hora de estabelecer datas para a realização das mudanças. O cronograma é essencial para definir a frequência de cada manutenção que vai acontecer, elencando a necessidade ou não de colaboradores.

Assim, é possível saber a sazonalidade de cada rotina de manutenção, programando de forma correta para que uma eventual paralisação da produção não prejudique as metas da empresa com relação ao mercado.

Acompanhamento e monitoramento

A correria não para com o final do cronograma! Não se engane: monitorar a execução de cada tarefa estipulada anteriormente é essencial para garantir os melhores resultados.

Estipular indicadores de performance (KPI’S) pode ser uma boa solução para acompanhar o desenrolar das mudanças e avaliar se o projeto está indo ou não no caminho certo.

Abaixo, vamos listar os checklists mais comuns que acontecem dentro da indústria:

·        Checklist mecânico – avaliação de cada item mecânico do equipamento, como a verificação de cabos, correias, mangueiras e engrenagens;

·        Checklist da lubrificação – verificar se todos os itens foram lubrificados e os produtos armazenados em recipientes adequados para o uso;

·        Checklist elétrico – validação de todas as ligações elétricas, fontes e cabos de energia que estão vinculados ao funcionamento do aparelho;

·        Checklist de segurança – fundamental para garantir que todos os requisitos de segurança foram cumpridos, e que nenhum tipo de material ou equipamento vá provocar risco à integridade de funcionários ou colaboradores.

Fazer uma avaliação cuidadosa do estado geral das máquinas, mediante checagem atenta e rotineira, oferece uma visão real não só da capacidade do equipamento, mas como do quadro produtivo em si, evidenciando limitações que impedem o funcionamento perfeito.

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COMO FUNCIONA A MANUTENÇÃO PREDITIVA POR MEIO DA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO?

Um dos principais métodos da manutenção preditiva é a análise de vibração. Esta é fundamental para conhecer, melhorar, e garantir a qualidade do desenvolvimento de máquinas. As máquinas emitem vibrações cuja frequência mantém uma constância, e quando a máquina começa a ter algum tipo de deterioração, há uma mudança na distribuição de energia vibratória, sendo que esta pode acarretar uma eventual falha.

Desse modo, a análise de vibração pode detectar essa alteração, identificando as origens da irregularidade, e desse modo, é possível intervir na máquina de modo eficiente antes que ela venha a ter um problema e uma falha de fato. A vibração alterada pode causar:

·        Desgaste prematuro de componentes;

·        Quebras inesperadas (com paradas repentinas de produção);

·        Aumento do custo de manutenção (consumo excessivo de peças de reposição);

·        Perdas de energia;

·        Fadiga estrutural;

·        Desconexão de partes (instabilidade geométrica);

·        Baixa qualidade dos produtos (acabamento ruim);

COMO FUNCIONA A ANÁLISE DE VIBRAÇÃO?

Como dito anteriormente, todos os equipamentos emitem vibrações, e estas podem ser captadas com equipamentos de detectam as frequências delas. Ao acompanhar periodicamente esses ativos com essa tecnologia, elimina-se a necessidade de revisões para trocar todos os itens, sendo estas realizadas de forma planejada, e somente quando a parte defeituosa for detectado.

Os dados são coletados por meio de um acelerômetro ligado a um coletor, sendo que estes são transferidos a um computador para poderem ser analisados. No PC, a análise é realizada com um espectro de frequências, e estas podem ser distinguidas pela amplitude.

Dessa forma, a análise de vibração acaba sendo o melhor método para saber o que está acontecendo com o equipamento sem a necessidade de desmontá-lo. Entre os vários exemplos que podem ser detectados, estão:

·        Desbalanceamentos;

·        Desalinhamentos;

·        Folgas Estruturais;

·        Folgas Internas (mancais e alojamentos);

·        Problemas em Engrenagens;

·        Problemas em Rolamentos;

·        Correias;

·        Cavitação;

·        Eixos Empenados;

·        Falha de Lubrificação;

·        Ressonâncias Estrutural;

·        Problemas Elétricos (Motores).

O controle do fenômeno vibratório é realizado por meio de três procedimentos:

1.   Eliminação das fontes: balanceamentos, alinhamentos, trocas de peças defeituosas, eliminação de folgas etc.

2.   Isolamento das partes: instalação de um meio elástico amortecedor de modo a reduzir a transmissão da vibração a níveis toleráveis;

3.   Atenuação da resposta: alteração da estrutura (reforços, massas auxiliares, mudanças de frequência natural etc.).

IMPLEMENTANDO A ANÁLISE DE VIBRAÇÃO

Em um primeiro momento são definidos quais máquinas e equipamentos serão monitorados. Logo em seguida, é feito um cadastramento de cada máquina, definindo os níveis de alarme, a medição, parâmetros utilizados e a frequência de coleta de dados.

Depois, é definida uma rota para coleta de dados de acordo com as máquinas e equipamentos definidos; há um acompanhamento dos dados das coletas nas rotas; é feito um relatório com as condições das máquinas e equipamentos, os tipos de defeitos e alarmes encontrados, recomendações de como eliminar os defeitos encontrados. Por fim, é elaborado um plano de ação.

Existem três níveis de medição de vibração:

1.   Medidor de vibração de nível global sem filtro: É um instrumento que mede o valor global da vibração, pico ou rms, em uma grande faixa de frequência, e estas dependem das normas e padrões aplicáveis.

2.   Medidor de vibração com análise de frequência com filtro: considerado um medidor de vibração simples, eles também medem o nível de vibração global sobre uma faixa larga de frequência. O nível medido reflete o da vibração dos componentes de frequência dominantes do espectro, sendo estes os importantes a serem monitorados.

3.   Analisadores de frequência: Estes são indicados para larguras de filtro muito estreitas, ou uma análise sobre sinal transiente. Aqui, acaba sendo necessário a utilização de um sistema que é capaz de executar a transformada de Fourier do Sinal, que é uma ferramenta matemática capaz de transformar um sinal randômico, periódico ou transitório, em uma série Fourier equivalente, o espectro de frequência.

COMO A MANUTENÇÃO PREDITIVA PODE AJUDAR NA GESTÃO DE ATIVOS

Manutenção Preditiva ajuda na gestão de ativos, mas como? Não é simples manter uma gestão eficiente dos equipamentos de uma organização. Além de ter pleno conhecimento de toda a planta industrial, elaborando um bom plano de inspeção, é preciso ter pessoal apto a realizar o trabalho com qualidade e no menor espaço de tempo possível.

Para colaborar com essa tarefa, contudo, elaboramos este artigo que vai mostrar como a manutenção preditiva ajuda na gestão de ativos. Confira!

AFINAL, O QUE É GESTÃO DE ATIVOS?

Segundo a norma técnica ISO 55.000 – norma de padronização internacional, em vigor desde 2014, que visa aperfeiçoar o sistema de gestão de ativos nas organizações, tornando-a mais eficiente e sustentável – todos os bens que uma empresa possui é um ativo.

Entre esses bens, estão incluídos os maquinários industriais. Uma gestão eficiente desses itens é uma tarefa que começa no momento da compra, passando por todas as fases de seu ciclo de vida até chegar ao descarte.

Durante todo esse processo a gestão de ativos trabalha para extrair a performance desejada para os ativos alcançarem ao longo de sua vida útil.

Além de maior durabilidade desses bens tão preciosos e de alto investimento, o correto acompanhamento permite, entre outras vantagens, que a empresa se adeque mais facilmente a procedimentos e normas técnicas internacionais. Também possibilita oferecer um ambiente mais organizado e seguro aos seus colaboradores – em especial aqueles que trabalham diretamente com as máquinas acompanhadas.

Só por esses fatores a gestão de ativos já demonstra todo o seu potencial. Mas existem muitos outros pontos positivos a serem considerados – acompanhe na sequência.

GESTÃO DE ATIVOS E MANUTENÇÃO PREDITIVA

Citando outra norma técnica, desta vez a NBR 5462, podemos definir manutenção preditiva de ativos como sendo todos os processos que permitem a aplicação sistemática de técnicas de análise para acompanhar equipamentos, identificando possíveis falhas antes que elas ocorram e interrompam a produtividade da empresa.

Esse tipo de manutenção tem como objetivo reduzir a necessidade de processos de manutenção preventiva e manutenção corretiva, prevendo falhas ou quebras de equipamentos e mantendo as máquinas da cadeia produtiva funcionando a pleno vapor.

Dessa forma, você prioriza a qualidade do serviço e não prejudica a produtividade do setor, diminuindo os riscos de quebras não previstas.

Além de evitar a interrupção da produção, a manutenção preditiva na gestão de ativos promove uma série de outros benefícios, entre eles:

·        Reduz custos com a troca de peças desnecessárias, por ter a clareza do problema a ser abordado;

·        Diminui o volume de peças sobressalentes e material estocado – essa otimização ajuda, até mesmo, na gestão de estoque;

·        Aumenta a qualidade dos produtos e evita atrasos na entrega;

·        Reduz custos com reparos de equipamentos;

·        Evita a ocorrência de acidentes de trabalho;

·        Impede que a produção seja interrompida por problemas no maquinário;

·        Diminui a necessidade de horas extras.

COMO FAZER A GESTÃO DE ATIVOS COM MANUTENÇÃO PREDITIVA

Existem diversos métodos de manutenção preditiva que podem ser usados para elaborar um planejamento de manutenção que torne a gestão de ativo eficiente.

Todos eles com o objetivo de monitorar e garantir as funções do ativo, assegurando que estará disponível para uso. Confira a seguir os principais deles.

ANÁLISE DE VIBRAÇÕES

Baseia-se na ideia de que as estruturas das máquinas excitadas pelos esforços dinâmicos emitem sinais vibratórios. Captando as vibrações recebidas por toda a estrutura, é possível efetuar análises identificando a origem dos esforços presentes em uma máquina em operação.

TERMOGRAFIA

Técnica de inspeção não invasiva que tem como base a detecção da radiação infravermelha emitida naturalmente pelos corpos com intensidade proporcional à sua temperatura. Permite identificar regiões, ou pontos, onde a temperatura está alterada com relação a um padrão pré-estabelecido.

ANÁLISE DE TRINCAS

Usada para detectar falhas como descontinuidades superficiais e sub superficiais em materiais ferromagnéticos. Nesse processo são detectados defeitos como trincas, junta fria, inclusões, gota fria, dupla laminação, falta de penetração, dobramentos, segregações etc.

MEDIÇÃO DE ESPESSURAS

Faz com que a onda ultrassônica emitida por um transdutor percorra o material analisado, efetuando a verificação dos ecos recebidos de volta, pelo mesmo ou por outro transdutor, assim identificando falhas internas ou espessuras.

Como podemos ver, a manutenção preditiva na gestão de ativos é essencial para garantir o bom funcionamento dos equipamentos, evitando a parada da produção por conta de quebras e privilegiando sempre a máxima capacidade produtiva das máquinas.

SAIBA QUANDO A MANUTENÇÃO CORRETIVA DEVE SER APLICADA

manutenção corretiva costuma ser um recurso usado especialmente por empresas que não possuem uma política de manutenção.

Mas nem sempre ela é considerada a solução ideal para a sua empresa, já que existem alternativas que garantem mais eficácia e controle operacional para a sua empresa.

Entenda melhor o impacto da manutenção corretiva em suas operações e quando ela é a mais indicada para seus negócios na leitura a seguir.

ENTENDA A MANUTENÇÃO CORRETIVA

A manutenção corretiva é o tipo de manutenção que apenas restaura a função de um item depois que ele apresenta uma falha. Baseia-se no pressuposto de que a falha é aceitável e que a prevenção não é econômica ou não é possível.

Além de ser o resultado de uma estratégia deliberada de execução à falha, ela também é o resultado de falhas não planejadas, que provavelmente poderiam ser evitadas através da manutenção preditiva.

Ao optar pela manutenção corretiva como estratégia, é essencial garantir que os modos de falha em consideração não tenham o potencial de se tornarem uma ocorrência que exija manutenção de emergência.

Um ambiente de manutenção reativa não é exatamente a opção mais eficiente economicamente para uma empresa, por conta da imprevisibilidade que ela traz ao orçamento e às operações. É mais caro, menos eficiente e menos seguro.

Portanto, embora uma estratégia de execução para falha possa ser uma boa opção, certifique-se com dados que garantam que a manutenção corretiva é mais vantajosa que a preventiva.

TIPOS DE MANUTENÇÃO CORRETIVA:

·        Manutenção planejada: comum em casos de um plano de manutenção de falha. Neste caso, a equipe de manutenção decidiu que certos equipamentos serão atendidos apenas quando eles apresentarem falhas. Um exemplo seria o planejamento de substituir uma lâmpada apenas quando ela queimar;

·        Manutenção não-planejada: a manutenção corretiva não planejada é geralmente o resultado de uma avaria inesperada. Essa modalidade pode trazer sérios prejuízos, já que ela pode impactar drasticamente a operação, reduzir a qualidade da operação e causar problemas no relacionamento com clientes, parceiros e fornecedores;

·        Reparo de falhas: o equipamento com falha é restaurado para seu estado operacional;

·        Salvamento: este tipo de manutenção corretiva refere-se à eliminação de material não reparável e ao uso de material recuperado de equipamentos / itens que não podem ser reparados nos programas de reparo, revisão ou reconstrução;

·        Reconstrução: é o processo de restaurar o equipamento ao estado original em desempenho, expectativa de vida e aparência. Isto é conseguido através da desmontagem completa, reparação e substituição do equipamento;

·        Revisão: restauração de um item para seu status de serviço total de acordo com os padrões de manutenção, usando a abordagem “inspecionar e reparar apenas conforme apropriado”.

VANTAGENS DA MANUTENÇÃO CORRETIVA

Quando a manutenção corretiva é planejada como parte de uma estratégia de manutenção, ela permite que os responsáveis ​​pela confiabilidade se concentrem em outros empreendimentos até que um desarranjo ou gatilho de falha ocorra.

Porém, para que a iniciativa apresente os resultados esperados, é preciso ter uma série de cuidados para uma boa execução de manutenção corretiva:

·        Uso de ferramentas adequadas;

·        Contar com uma equipe de especialistas técnicos capacitados.

·        Ter um estoque de peças de reposição, que minimizem o tempo de parada do equipamento, entre outros.

MANUTENÇÃO CORRETIVA X MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Como você pode ver, a manutenção corretiva tem seus benefícios – mas traz uma série de riscos que podem ser controlados ou até eliminados quando a empresa aposta em um programa de manutenção preditiva ou até preventiva:

Empregar a manutenção preditiva permite realizar todo o processo antes que uma falha tenha ocorrido. Essa tarefa pode ser destinada a evitar uma falha, minimizar as consequências de uma possível falha ou ao avaliar o risco de a falha ocorrer.
Isso também proporciona um controle mais preciso da situação: é possível programar a parada da planta industrial sem gerar impactos na produção, além de permitir um provisionamento ordenado do orçamento da empresa;

Quando se opta pela manutenção corretiva, a falha já ocorreu – a empresa está basicamente restabelecendo a funcionalidade do equipamento.
Não há controle da situação e a empresa corre o risco de lidar com as consequências:

·        Atraso na produção;

·        Problemas com a qualidade de um lote específico;

·        Falhas na logística;

·        Desgaste nas relações com clientes;

·        Possíveis prejuízos para a marca junto ao mercado em situações que envolvam o meio ambiente ou o envio de produtos impróprios para o consumo para os clientes.

Quando se compara a manutenção corretiva com a preditiva, fica mais fácil observar os benefícios estratégicos de apostar na segunda opção.

COMO O CHECKLIST PREVENTIVO PODE APRIMORAR O PROCESSO DE MANUTENÇÃO?

Nos últimos anos a manutenção preventiva, sobretudo no setor industrial, tem sido auxiliada por métodos de manutenção preditiva, como a análise de vibração, termografia, medição de espessura, entre outras técnicas.

Justamente por essa razão é fundamental elaborar um checklist preventivo daquilo que precisa ser verificado em cada equipamento. A checagem possibilita levantar informações e o status atual das máquinas em questão.

A elaboração de um checklist é um dos passos fundamentais para a definição de um plano de manutenção preventiva por parte da empresa. É por meio dele que se torna possível entender como o equipamento funciona, quais falhas ele costuma apresentar, quando, como e porque isso acontece.

Com o checklist já formado, passa a ser possível criar uma rotina, um programa de inspeção para monitoramento, correção de eventuais problemas e substituição de peças.

Lembre-se: anotar as demandas é só o início da tarefa. Com o passar do tempo, torna-se fundamental acompanhar as mudanças e avaliar a melhoria nos resultados. É a partir de um checklist bem definido que são traçadas as rotinas de ação para substituição e conserto de peças ou equipamentos.

CRIANDO UM CHECKLIST DO ZERO

Criar um plano de manutenção preventiva, a partir de um checklist organizado, é uma das medidas que pode reduzir os custos operacionais da empresa e aumentar a produtividade da equipe.

Sondagem inicial

Mas como criar um bom checklist? Tudo começa com o levantamento de informações. É preciso saber quais máquinas estão funcionando, quais os problemas que estão limitando a produção, quais os aparelhos vitais para a produção da empresa, entre outros detalhes.

Plano de ação

Criar o checklist de manutenção é uma ação fundamental para ajudar no planejamento de manutenção preventiva. Esse processo garante que todos os passos foram dados corretamente para que os procedimentos a serem realizados garantam a qualidade e o bom funcionamento do maquinário.

Levantamento dos custos

Elaborar um orçamento é fundamental para nortear as ações. É ideal que ele contemple todos os gastos, envolvendo logística e operação, para o conserto e/ou substituição de máquinas danificadas.

Além de novas peças e materiais a serem utilizados, é importante contabilizar a adesão temporária de colaboradores ou softwares necessários para concluir a tarefa.

A importância do cronograma

Aprovados os custos, é hora de estabelecer datas para a realização das mudanças. O cronograma é essencial para definir a frequência de cada manutenção que vai acontecer, elencando a necessidade ou não de colaboradores.

Assim, é possível saber a sazonalidade de cada rotina de manutenção, programando de forma correta para que uma eventual paralisação da produção na prejudique as metas da empresa com relação ao mercado.

Acompanhamento e monitoramento

A correria não para com o final do cronograma! Não se engane: monitorar a execução de cada tarefa estipulada anteriormente é essencial para garantir os melhores resultados.

Estipular indicadores de performance (KPI’S) pode ser uma boa solução para acompanhar o desenrolar das mudanças e avaliar se o projeto está indo ou não no caminho certo.

Abaixo, vamos listar os checklists mais comuns que acontecem dentro da indústria:

·        Checklist mecânico – avaliação de cada item mecânico do equipamento, como a verificação de cabos, correias, mangueiras e engrenagens;

·        Checklist da lubrificação – verificar se todos os itens foram lubrificados e os produtos armazenados em recipientes adequados para o uso;

·        Checklist elétrico – validação de todas as ligações elétricas, fontes e cabos de energia que estão vinculados ao funcionamento do aparelho;

·        Checklist de segurança – fundamental para garantir que todos os requisitos de segurança foram cumpridos, e que nenhum tipo de material ou equipamento vá provocar risco à integridade de funcionários ou colaboradores.

Fazer uma avaliação cuidadosa do estado geral das máquinas, mediante checagem atenta e rotineira, oferece uma visão real não só da capacidade do equipamento, mas como do quadro produtivo em si, evidenciando limitações que impedem o funcionamento perfeito.

E você, conhece o estado dos seus maquinários? Acesse nosso simulador, faça o teste em tempo real e ainda tenha oportunidade de conversar com nossos especialistas.

 

INDICADORES DE MANUTENÇÃO: PORQUE SÃO TÃO IMPORTANTES?

 

Indicadores de Manutenção: por que são tão importantes? Monitorar, analisar e otimizar. Assim como em muitas empresas, no setor industrial, é a mensuração rigorosa de dados e índices que torna possível correções e otimizações que visam aprimorar a gestão e, até mesmo, o produto final.

Só assim é possível entender o desempenho alcançado e compará-lo ao pretendido. Os indicadores de manutenção são responsáveis por analisar os diferentes dados que são gerados em uma indústria: da parada ou quebra de máquinas aos gastos com reposição de peças e gestão do estoque.

Essenciais para auxiliar o desenvolvimento dos processos organizacionais, existem diversas opções que podem ser usadas como indicadores de manutenção. Dessa forma, a escolha da métrica ideal dependerá das prioridades e expectativas da empresa com relação ao atual quadro produtivo.

Seja para o controle de qualidade das mercadorias e processos ao desempenho das máquinas ou para estabelecer um planejamento de manutenção, os indicadores são capazes de orientar de modo inteligente as decisões relacionadas à toda gestão da empresa.

INDICADORES DE MANUTENÇÃO: POR QUE SÃO TÃO IMPORTANTES?

A manutenção industrial faz parte das estratégias essenciais de uma organização e contar com indicadores que forneçam dados confiáveis, permite que o gestor de manutenção:

·        Elabore um bom planejamento de manutenção – sobre esse tema sugerimos a leitura de dois conteúdos exclusivos e completos: como executar um planejamento de manutenção e planejamento de Manutenção: o segredo para bons resultados;

·        Identifique e implemente treinamentos para os usuários dos equipamentos, melhorando o desempenho da máquina e evitando acidentes de trabalho;

·        Estabeleça um calendário de manutenção inteligente, que diminua o tempo de inatividade das máquinas e considere as prioridades da empresa.

Com informações confiáveis e atualizadas é possível tomar decisões mais assertivas, otimizando tempo e recursos.

Porém, nunca é demais lembrar que cada empresa tem seus objetivos e características e o que funciona para uma pode não funcionar para a outra.

Sendo assim, antes de escolher os indicadores de desempenho para sua manutenção, saiba o que um bom indicador deve oferecer:

·        objetividade e clareza para transmitir informações importantes;

·        resultados precisos e condizentes com as atividades da organização;

·        sinalizar os motivos dos problemas identificados;

·        desafios que levem a uma maior motivação e engajamento da equipe.

OS 5 PRINCIPAIS INDICADORES DE MANUTENÇÃO

Chegou a hora de conhecer os principais indicadores de manutenção e determinar qual o que mais se encaixa nos objetivos de sua empresa.

1. MTBF – TEMPO MÉDIO ENTRE FALHAS

O MTBF (sigla para o termo em inglês, Mean Time BetweenFailures) mede o tempo médio entre falhas mecânicas relacionadas ao funcionamento da máquina. Esse índice permite analisar a confiabilidade do equipamento – o tempo que ele dura funcionando na máxima capacidade.

Para chegar ao índice, é preciso dividir o tempo total de funcionamento da máquina pelo número de falhas.

Exemplo de cálculo: Se uma máquina apresentou 2 falhas em um mês, tendo funcionamento de 120 e 170 horas entre elas, a conta a ser feita é somar o tempo de trabalho (290 horas no total), dividindo por 2. O resultado, 145, demonstra que é possível que o equipamento apresente falha a cada 145 horas!

2. MTTR – TEMPO MÉDIO PARA REPARO

O tempo médio para reparos (mean Time to Repair) traduz o tempo de parada necessário para se consertar determinado maquinário. Isso influencia completamente na dinâmica de trabalho e no ritmo de produção do setor.

Para calcular o índice, divide-se o tempo total gasto com reparos pelo número total de reparos dentro desse período.

Exemplo de cálculo: uma máquina precisou de 3 intervenções para reparo, sendo 2 de 15 minutos e 1 de 10. São 40 minutos divididos por 3, ou seja, o MTTR é de 13,33.

Além de conhecer o tempo de inatividade das máquinas, é possível identificar o desempenho da equipe de manutenção.

3. DISPONIBILIDADE (OU AVAILABILITY)

Quanto maior esse índice, melhor! É ele o responsável por indicar por quanto tempo a máquina está disponível para uso sem chance de manutenção.

Para obter esse índice de desempenho, basta seguir a fórmula:

Disponibilidade = MTBF / (MTBF + MTTR) X 100%

EXEMPLO DE CÁLCULO:

                              Disponibilidade = 230 / (230 + 10) x 100 = 95,83 %

4. MPD – MEDINDO OS PLANOS DE MANUTENÇÃO PREDITIVA

Responsável por mostrar o cumprimento ou não dos planos de manutenção preditiva relacionados ao equipamento.

Ele se baseia nas tarefas realizadas do plano de manutenção preditiva divididas pelas ações programadas do plano de manutenção preventiva – depois é só multiplicar por 100 para chegar à porcentagem.

EXEMPLO DE CÁLCULO:

MPd = 13 / 15 * 100 = 86,66%

5. MP – AVALIA OS PLANOS DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Segue a mesma ideia do MPd, contudo é atrelado à manutenção preventiva.

Tanto MPd como o MP revela o nível de trabalho da equipe de manutenção, que pode ser satisfatório ou estar abaixo da expectativa.

É muito importante que os gestores adotem e acompanhem os indicadores de manutenção para medir o grau de desempenho e conquistar maior eficiência e economia à organização. Agora que você conhece os principais medidores de desempenho, escolha aquele – ou aqueles – que mais se adequam às necessidades de sua empresa e tenha dados confiáveis para pautar suas decisões.

Mas, não esqueça: além de indicadores de performance, você precisa contar com uma equipe de manutenção capacitada.

 

 

 

PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO: O SEGREDO PARA BONS RESULTADOS

 

O planejamento de manutenção é um elemento-chave que influencia o verdadeiro sucesso de qualquer planta industrial. Contudo, muitas empresas ainda não executam esse planejamento com eficiência, impactando negativamente a eficácia do trabalho, o tempo de atividade do equipamento, confiabilidade e custo.

Quando falamos de planejamento de manutenção, estamos falando de maior tempo de produtividade. Neste momento de incerteza econômica, isso significa menos custos com paradas inesperadas e mais segurança no trabalho para todos.  Uma vez que alcançamos a disciplina necessária e os planos de manutenção são concluídos no prazo, a confiabilidade das instalações aumenta a uma taxa elevada.

Mas qual a estrutura de um planejamento de manutenção eficiente e como colocá-lo em prática? Acompanhe conosco e veja como economizar custos de manutenção na sua planta!

OS PRINCÍPIOS DE UM PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO EFETIVO

Para alcançar o ótimo desempenho as organizações devem planejar, agendar e acompanhar atividades de manutenção. O planejamento de manutenção, portanto, é usado para alocar recursos de planta e maquinaria, planejar recursos humanos, processos de produção e materiais de compra para que todos os ativos permaneçam em pleno funcionamento.

Um planejamento de manutenção efetivo pode ser dividido em 6 princípios, sendo:

PRINCÍPIO DE PLANEJAMENTO # 1

É muito importante que a planta possua alguém no papel de planejador, que seja independente das outras atividades que se realizam dentro da instalação. As responsabilidades desse papel devem incluir:

·        Planejar o trabalho de emergência;

·        Acompanhar o andamento das ordens de serviço;

·        Acompanhar o pedido e a necessidade de peças sobressalentes;

·        Monitorar os trabalhos realizados e indicadores;

·        Tornar-se referência para o gestor de manutenção.

PRINCÍPIO DE PLANEJAMENTO # 2

Um planejador deve se concentrar em organizar o trabalho de manutenção atual e futuro, além de alocar os recursos adequados, partes, custos e informações de confiabilidade para cada projeto. Os planejadores também devem enfatizar a melhoria contínua para planejar, fazer, verificar e agendar horários, seguindo as etapas:

·        Identificação do problema;

·        Definição do objetivo;

·        Raiz dos problemas;

·        Contramedidas;

·        Acompanhamento;

·        Padronização.

PRINCÍPIO DE PLANEJAMENTO #3

Ao implementar diferentes níveis de componentes dentro do planejamento de manutenção, aproveite os padrões internacionais, como as normas ISO, para obter dicas de melhores práticas e facilidade de conformidade. Devem ser criados mini arquivos para cada equipamento. Eles devem incluir histórico de pedidos de trabalho, registro de peças e muito mais.

PRINCÍPIO DE PLANEJAMENTO #4

Uma vez que as tarefas são identificadas, um princípio importante do planejamento de manutenção é garantir que todas as instruções sejam documentadas e padronizadas. Os melhores planejadores têm experiência estimando o tempo e comparando o trabalho atual realizado, a fim de proporcionar eficiências na próxima iteração de manutenção preventiva.

PRINCÍPIO DE PLANEJAMENTO #5

Às vezes, não é melhor reinventar procedimentos de manutenção para todos os equipamentos. Os planejadores devem definir planos padronizados e aprimorá-los. Os planos também levarão em consideração e reconhecerão as habilidades dos técnicos para cada trabalho.

PRINCÍPIO DE PLANEJAMENTO #6

Aproveite os dados do trabalho passado para estimar adequadamente os planos apropriados e precisos para o futuro. Isso aumentará o tempo de disponibilidade dos ativos, e, quanto mais tempo disponível, menor o número de atividades de manutenção realizadas e menos custos.

·        Medindo quanto tempo os técnicos realmente gastam no local de trabalho versus outras atividades, determina a eficácia do programa de planejamento de manutenção;

·        Os atrasos não são simplesmente parte do trabalho de um técnico e devem ser evitados;

·        A medição do tempo de disponibilidade das máquinas pode ser usada para acompanhar a eficiência o planejamento de manutenção;

·        Use isso como uma métrica para determinar a eficácia da sua equipe de manutenção e procure maneiras de melhorar o desempenho quando surgem lacunas.

MANUTENÇÃO PREDITIVA E MANUTENÇÃO DE OCASIÃO: MELHOR PREVENIR QUE REMEDIAR!

Mesmo no cenário em que muitos sofrem com retração e crise econômica, o setor industrial cresceu entre 2017 e 2018 no Brasil, alcançando 22% de participação no PIB (Produto Interno Bruto) do País.

No âmbito corporativo, o setor produtivo, ligado à indústria, é responsável por boa parte dos lucros da empresa, uma vez que dá vazão a produtos e serviços. E, diante de um mercado dinâmico e acirrado, quem não cuidar da produtividade pode correr sérios riscos.

No intuito de preservar as máquinas, reduzir custos, garantir a segurança de funcionários e, claro, contribuir para os lucros da empresa, a manutenção preditiva é essencial para garantir confiabilidade e disponibilidade às máquinas. A partir de uma rotina sazonal, é possível monitorar o funcionamento dos equipamentos e planejar as manutenções.

Estratégias de manutenção preditiva podem representar impacto significativo sobre a melhoria do tempo padrão dos processos de uma indústria, uma vez que visam o bom funcionamento da máquina e permitem aos profissionais explorar sua capacidade ao máximo.

Mas mesmo com planejamento e um plano de ação preventivo para remediar o impacto negativo de alguns problemas, eventualidades podem acontecer. Quebras ou falhas inesperadas podem ocorrer, por vezes, durante algum processo – seja por desgaste da engrenagem, falta de lubrificação da peça, entre outros motivos.

Siga na leitura para saber mais sobre manutenção de ocasião e entender como isso pode afetar a produção da sua empresa.

MANUTENÇÃO DE OCASIÃO: O QUE É?

Enquanto a manutenção preditiva está baseada na inspeção e prevenção, a manutenção de ocasião trata de remediar algum dano eventual que possa ter acontecido durante o processo produtivo.

A manutenção de ocasião visa corrigir algum problema depois que ele se apresenta. E, assim como no outro caso, depende de um planejamento bem alinhado para não prejudicar os interesses da empresa, uma vez que a inatividade das máquinas pode representar graves prejuízos.

O tempo de reparo que envolve uma manutenção de ocasião depende de inúmeros fatores – desde a desmontagem da máquina ou peça, passando pela decisão entre reparo e troca, a manutenção em si e a remontagem de todo o sistema. Questões organizacionais da empresa, como uma boa gestão de estoque, por exemplo, podem facilitar o processo.

Porém, vale ressaltar que investir no conserto de um sistema representa muito mais, em termos financeiros, do que atuar na manutenção rotineira e prevenção de problemas.

Por isso as rotinas de manutenção preditiva são tão recomendadas. E lembre-se: não há uma receita pré-formada, e sim planejamentos e técnicas adequadas para atender as mais diversas necessidades.

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