DORIVAL ROSA BRITO UNICID -
UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO GESTÃO
ESCOLAR A GESTÃO ESCOLAR PARTICIPATIVA: REALIDADE E DESAFIOS VITÓRIA-ES 2000
A GESTÃO ESCOLAR PARTICIPATIVA: REALIDADE E DESAFIOS Projeto de pesquisa elaborado sob a orientação da Profª Leociléa Aparecida Vieira, como
requisito de qualificação parcial para a obtenção do grau de Especialista em Gestão
Educacional. VITÓRIA-ES 2000 1 TEMA: A GESTÃO ESCOLAR PARTICIPATIVA: REALIDADE
E DESAFIOS 2
PROBLEMA O Centro Universo de
Educação e Desenvolvimento, Unidade I do município de Vitória - ES vem
evoluindo continuamente e com um número crescente de alunos a cada abertura
de matrículas dos cursos técnicos profissionais e novas contratações de
professores para atenderem a demanda dos serviços de docência. Dentro desta
ótica, observamos que os serviços educacionais oferecidos pela instituição
ficam comprometidos, uma vez que a qualificação de novos colaboradores para
executarem o serviço educacional não é realizada a contento. A Gestão Escolar
do Centro Universo de Educação e Desenvolvimento, apesar de desenvolver, pelo
o meu grau de percepção, com eficiência os serviços acadêmicos e
administrativos, está aumentando a insatisfação dos colaboradores com o seu
fazer profissional. Como
a Gestão Escolar do Centro Universo de Educação e Desenvolvimento,
articular-se com os colaboradores na Unidade de Ensino I-Vitória? 3
JUSTIFICATIVA Este projeto será desenvolvido na Unidade de Ensino I - Vitória do município de Vitória-
ES. Visando analisar e refletir sobre a atuação do Gestor Escolar, a unidade
de ensino possui
1.600 alunos que estão matriculados no turno noturno. O projeto
pretende analisar se o “fazer profissional” dos gestores que atuam nesta
escola contempla as demandas administrativas que emergem no espaço escolar, e
quais projetos e políticas o Centro universo de Educação e Desenvolvimento tem
desenvolvido para subsidiar a atuação destes gestores. A relevância deste
trabalho está em conhecer o grau de interação entre os colaboradores da
Unidade de Ensino I do Centro Universo de Educação e Desenvolvimento, bem
como a relação desta interação através de uma pesquisa bibliográfica e a sua aplicação
na unidade de Ensino pesquisada. Neste sentido o projeto de pesquisa que ora
apresentamos procura trazer um panorama fidedigno da Gestão praticada na
unidade I. Este projeto pretende também refletir sobre as produções de alguns
trabalhos voltados para a gestão educacional democrática da escola, tomando
como base a reflexão nas pesquisas de: Morgan(1996);
Ribeiro (1986); Paro (2000); Libâneo (2004, 2005), Luck ( 1998, 2007)
dentre outros, para melhor compreender a gestão dos espaços
educativos, tendo como norte, pensar a gestão participativa da escola, visto
que a bibliografia atual, como as demais pesquisas voltadas para a
gestão educacional propõe uma nova forma de atuação do gestor de escola, seja
ele diretor, vice-diretor, assistente de direção, supervisor, coordenador
pedagógico ou orientador educacional, focando a democratização da gestão
escolar prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, lei 9394/96. 4 OBJETIVOS 4.1 OBJETIVO GERAL Avaliar as práticas de gestão escolar disseminadas na
Unidade I –Vitória do Centro Universo de Educação e
Desenvolvimento, situada no Município de Vitória do Estado do Espírito Santo identificando as condições profissionais, políticas, econômicas e de
formação acadêmica, para otimizar os serviços da Gestão Escolar disseminada na
instituição. 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Identificar os procedimentos
da gestão referente aos aspectos da escola. - Verificar como se desenvolvem
a Gestão Escolar do Centro Universo de Educação e Desenvolvimento Unidade I-
Vitória. - Analisar a organização da
gestão pedagógica do Centro Universo de Educação e Desenvolvimento Unidade I-
Vitória. 5
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Para Morgan
(1996), a escola deve funcionar como um sistema vivo que existe num ambiente
mais amplo do qual depende em termos de satisfação das suas várias
necessidades e os seus profissionais devem funcionar como os órgãos que, em
conjunto, trabalham para que a organização cumpra com os seus objetivos. A
escola tem-se enquadrado num modelo de Burocracia Profissional,
característica de organizações que atribuem grande importância aos profissionais da produção, a quem é atribuído um
elevado grau de autonomia, ideal para um sistema essencialmente normativo
onde o principal objetivo é a produção com fins reprodutivos. Assim sendo, a
complexidade do estudo organizacional assume particular relevância, pois se
existem diferentes tipos de organização, também há diferentes gêneros de
ambiente. Ribeiro (1986) compreende a administração da escola como uma necessidade. ...a administração escolar vai funcionar como um
instrumento executivo, unificador e de integração do processo de
escolarização, cuja extensão, variação e complexidade ameaçam a perda do
sentido da unidade que deve caracterizá-lo e garantir-lhe o bom êxito (RIBEIRO, 1986,
p. 30). De acordo com
Paro (2000), a administração geral pode ser vista, tanto na teoria quanto na
prática, dois campos se interpenetram, a racionalização do trabalho e a
coordenação, levando em conta respectivamente, os elementos materiais e
conceptuais, de um lado, e o esforço humano e do outro o esforço coletivo. Segundo Jose
Carlos Libâneo (2004) a gestão da escola, é uma
tarefa administrativa, e pensar na gestão deste espaço remeti-nos a muitos
desafios, pois a organização e a gestão escolar são dimensões que estão
profundamente articuladas, já que a escola não é uma soma de partes, mas um
todo interligado que busca articular as orientações dos poderes públicos e o
pensar pedagógico à sua prática do dia-a-dia, mediada pelo conhecimento da
realidade e pela participação de todos os atores envolvidos no processo
educativo. Os termos gestão
e administração da educação são utilizados na literatura educacional ora como
sinônimos, ora como termos distintos. Algumas vezes, gestão é apresentada
como um processo dentro da ação administrativa; em outras, seu uso denota a
intenção de politizar essa prática. Apresenta-se também como sinônimo de
gerência, numa conotação neotecnicista, e, em
discursos mais politizados, gestão aparece como a nova alternativa para o
processo político-administrativo da educação (GRACINDO; KENSKI, 2001, p.
113).
A gestão é a
atividade pela qual são mobilizados meios e procedimentos para atingir
objetivos da organização, envolvendo os aspectos gerenciais,
técnico-administrativo e pedagógico. Para tanto é necessário que as escolas
utilizem os objetos da gestão (processo, projeto, programa), para assim
atingirem seus objetivos. (LIBÂNEO 2004, p.15)
A concepção de gestão escolar supera e relativiza o conceito de administração
escolar, trata-se de um significado mais abrangente, democrático e
transformador que percebe a escola como um espaço de conflitos, de relações
interpessoais, de emergência e alternância de lideranças, de negociação entre
interesses. A expressão “gestão educacional”,
comumente utilizada para designar a ação de dirigentes, surge, por
conseguinte, em substituição a “administração educacional”, para representar
não apenas novas ideias, mas sim um novo paradigma, que busca estabelecer na
instituição uma orientação transformadora, a partir da dinamização de rede de
relações que ocorrem, dialeticamente, no seu contexto interno e externo.
Assim, como mudança paradigmática está associada à transformação de inúmeras
dimensões educacionais, pela superação, pela dialética, de concepções
dicotômicas que enfocam ora o diretivismo, ora o
não-diretivismo; ora a hétero-avaliação,
ora auto-avaliação; ora a avaliação quantitativa,
ora a qualitativa; ora a transmissão do conhecimento construído, ora a sua
construção, a partir de uma visão da realidade (LUCK 2007, p 4) Segundo Libâneo,
Toda instituição escolar necessita de uma
estrutura de organização interna, geralmente prevista no regimento escolar ou
em legislação específica estadual ou municipal. O termo estrutura tem o
sentido de ordenamento e disposição das funções que asseguram o funcionamento
de um todo, no caso, a escola (...). A estrutura organizacional de escolas se
diferencia conforme a legislação dos estados e municípios e conforme
concepções de organização e gestão adotadas. (LIBÂNEO, 2004, p.127) Paro salienta
que,
A atividade
administrativa não se dá no vazio, mas em condições históricas determinadas
para atender as necessidades e interesses de pessoas e grupos. A
administração escolar está, assim, organicamente ligada à totalidade social,
na qual, além de se realizar e exercer sua ação, está sujeita às condições
existentes de ordem econômica, política e social. Assim, os elementos
relacionados à administração e à escola devem ser examinados à luz da
organização e funcionamento da sociedade. (PARO 2000, p. 54) Percebe-se
que é necessária uma reflexão com todos dos atores envolvidos no cotidiano
escolar, pois, hoje é comum nas escolas do
Estado do Espírito Santo , os papéis de direção administrativa e de direção
pedagógica tendem na prática a se fundir num único personagem dirigente. 6
METODOLOGIA O estudo será
desenvolvido através da pesquisa bibliográfica uma vez que dentre outros, um
dos objetivos é entender as práticas dos gestores sobre a temática a Gestão Escolar
Participativa desenvolvida na Unidade I do Centro Universo de Educação e
Desenvolvimento do município de Vitória no Estado do Espírito Santo- ES. Para
tanto, será realizado um estudo explicativo no intuito de
compreender com maior competência como ocorrem os fatos da realidade
estudada. O sujeito dessa pesquisa é
fenomênico na medida em que a sua existência está sujeita as interferências
do seu meio social. A compreensão desta condição poderá influenciar suas
ações para um maior compromisso e responsabilidade. A pesquisa tratará desse
tema considerando como que a gestão participativa pode e deve ser introduzida
na administração da escola, uma vez que a participação agrega sinergia no
fazer profissional. Porém, na escola que se dará a nossa pesquisa constatamos
a ausência de uma gestão que envolva os colaboradores na busca de um objetivo
comum. 6.1 Sujeitos da pesquisa
O campo empírico da pesquisa abrangerá a Unidade I de
ensino, pertencentes
ao Centro Universo de Educação e
Desenvolvimento, escola da rede privada de ensino técnico profissional. Compreende-se que o grande desafio para o pesquisador em
educação, é possibilitar através da pesquisa maior visibilidade ao sujeito, à
sua experiência e ao seu conhecimento, cuja natureza se desvendara, poderá
permitir aos profissionais desenvolver práticas cada vez mais comprometidas
ética e politicamente com a realidade dos mesmos, buscando no coletivo e na
troca de saberes. 6.2 Instrumentos de coleta de dados
Ferramentas
na busca de dados oferecerão subsídios para a produção do conhecimento sobre
o objeto da pesquisa: usaremos fontes bibliográficas, por meio da consulta a
literatura no sentido de conhecer as categorias que regem o objeto em estudo,
para uma compreensão teórica da temática que será especificada por meio de
uma pesquisa aplicada a qual utilizaremos entrevistas com os sujeitos
envolvidos na pesquisa. Mediante a entrevista podem ser obtidos dados de duas
naturezas: os que se referem a fatos que o pesquisador poderia conseguir
através de outras fontes, ou seja, dados objetivos e os que se referem
diretamente ao indivíduo entrevistado, isto é, suas atitudes, valores e
opiniões. 6.3 Instrumentos de análise de
dados
Como instrumento de análise da parte empírica do
trabalho será utilizado à técnica de análise de conteúdo que segundo Bardin, consiste num: [...]
conjunto de técnicas de análise de comunicação visando obter, por
procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das
mensagens, indicadores [...] que permitam a inferência de conhecimentos
relativos às condições de produção/recepção destas mensagens (BARDIN, 1991,
p. 42). Segundo ainda Bardin
(1997) a análise de conteúdo torna possível analisar as entrelinhas das
opiniões das pessoas, não se restringindo unicamente as palavras expressas
diretamente, mas também aquelas que estão subentendidas no discurso. A fim de
empregarmos com êxito a análise de conteúdo ao material recolhido pela
pesquisa, observamos três princípios elaborados por Bardin
(1997) indispensáveis ao emprego da análise de conteúdo: o da objetividade, seguindo regras pré-estabelecidas, obedecendo
a diretrizes claras e precisas, de forma a propiciar diferentes análises
sobre o mesmo conteúdo, a fim de que outros analistas possam chegar aos
mesmos resultados. Sistematicidade,
todo conteúdo deve ser ordenado e integrado nas categorias escolhidas,
levando em consideração, os objetivos estabelecidos. O último princípio e o quantitativo, isto é, contabilizar a
frequência em que ocorre a repetição do discurso elaborado pelos informantes. Definidas as unidades de análise, chega o momento
da definição das categorias, que de acordo com Franco (2003, p. 51) “a
categorização é uma operação de classificação de elementos constitutivos de
um conjunto, por diferenciação seguida de um reagrupamento baseado em
analogias, a partir de critérios definidos”. Neste sentido, a categorização
por si só não esgota a análise. É preciso que o pesquisador vá além,
ultrapasse a mera descrição, buscando realmente acrescentar algo que já se
conhece sobre o assunto. Por conseguinte, os dados devem ser agrupados em
categorias que emergirão após a sua coleta e deverão ser analisados, segundo
as propostas normativas vigentes, tendo em vista, a relevância atribuída
pelas legislações nacionais e internacionais ao assunto E por último, interpretação dos dados coletados e a
sistematização dos conceitos, chega o momento da elaboração do texto que deve
apresentar um “estilo informal, narrativo, ilustrado por figuras de
linguagem, citações, vinhetas narrativas, exemplos e ilustrações. A
preocupação deve ser com a transmissão direta, clara e bem articulada do caso
estudado/pesquisado” (ANDRÉ, 2005, p.57). REFERÊNCIAS Nas Referências
(não se usa mais a palavra bibliográficas) devem ser listadas conforme
as normas da ABNT e, apenas, os autores citados no texto e vice-versa, todos
os autores mencionados no texto devem constar nas referências. Não se deve
esquecer que as mesmas devem aparecer em ordem alfabética.
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